Capítulo 11 - Uma chance de ser feliz.

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*POV narradora*

Os olhos azuis olhavam fixamente para a janela que mostrava apenas a silhueta das duas pessoas existentes dentro do chalé, enquanto se mantinha em total silencio e imóvel.

- Você não vai ajudar ninguém se continuar fazendo isso.

- Eu não tenho escolha.

- Você tem sim, só não quer escolher a outra opção.

- Que outra opção?

- Há de parar e dormir por algumas horas.

- Nós não temos algumas horas.

- Leo me escuta, não vai adiantar nada você continuar tentando trabalhar no navio se estiver cansado, a chance de você cometer algum erro que coloque a sua vida e a dos outros em perigo é muito alta, no que isso vai ajudar?

- Eu não estou cansado.

- Qual foi a última vez que você dormiu? - O rapaz não respondeu e a garota suspirou. - Leo, dorme um pouco, por mim.

- Eu não sou bom lutando e muito pouco em criar estratégias, então por favor Nyssa me deixa fazer a única coisa que eu sei fazer direito.

- ... Eu vou com você.

- Não precisa, pode ir deitar.

- Você já passa o dia inteiro trancado lá sozinho, não precisa passar a madrugada também. - A risada dele pôde ser escutada do lado de dentro.

- Já estou acostumado, passei a vida inteira sozinho, esqueceu? - Ela não respondeu. - Boa noite Nyssa. - Antes que a porta pudesse ser aberta a morena correu e se escondeu ao lado do chalé, evitando que qualquer um dos dois descobrisse que ela estava lá, enquanto assistia o latino andar pelo gramado.

"Você não percebeu ainda? ninguém gosta da garota esquisita da turma, é por isso que você sempre está sozinha."

As palavras soaram pela cabeça da morena, que voltou a encarar o lugar onde o rapaz estava alguns instantes atrás.

O bosque se encontrava totalmente as escuras, sendo uma fresta de luz alaranjada a única forma de orientação.

Se aproximando mais um pouco, ela pôde escutar o som de parafusos sendo aparafusados e finalmente viu o garoto sentado em uma das inúmeras mesas presentes no Bunker, totalmente alheio a qualquer coisa ao seu redor, até que levantou a cabeça de supetão e falou olhando para a porta, assustando a garota, que deu um pulo.

- Nyssa você não vai conseguir me convencer a voltar pro chalé, então vai embora por favor. - A de olhos azuis levou alguns segundos até perceber o que ele estava dizendo.

Ela abriu um pouco mais a porta, permitindo que o garoto pudesse finalmente ver quem era a pessoa parada do lado de fora, que se endireitou na cadeira quando se deu conta de que era ela.

- Eu não sou a Nyssa e também não vim aqui pra te mandar voltar pro seu chalé.

- Maxine... o que...

- Posso entrar? - Ele ficou alguns segundos calado até que finalmente assentiu.

A garota entrou sentindo o calor aconchegante substituir o frio intenso existente do lado de fora.

- Precisa de alguma coisa?

- Não.

- Então o que...

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⏰ Última atualização: Mar 16 ⏰

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