|Tudo será diferente|

392 45 93
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Tudo pronto? - pergunta Melissa, ajudando Mary Anne com as malas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Tudo pronto? - pergunta Melissa, ajudando Mary Anne com as malas.

- Acho que... sim - reponde a mais nova, olhando ao redor - Tudo na mala.

Um silêncio recai sobre as irmãs. Nunca ficaram tão longe uma da outra como irão ficar. Mary Anne vai visitá-la, no dia do casamento. Contudo, até lá, ficarão separadas por mais de mil quilômetros.

- Você sabe que mamãe virá para o meu casamento, não é? Foi o que ela disse, pelo menos - murmura a mais velha, depois de alguns segundos.

- Não acredito nessa velha - Mary Anne bufa - Quando você a convidou para o Natal, por mais que ela tivesse confirmado, ela veio? E em sua festa de 28, ela veio? Quando você se formou na faculdade, ela veio? E quanto a mim? Ela sequer me manda mensagem.

- Isso é passado... talvez ela tenha mudado - sugere Melissa, de cabeça baixa - Ela tem que vir, porque esse vai ser o melhor dia da minha vida... ela tem que vir.

- Se ela não vier, vou buscá-la na mara.

- Ah, como certeza - ri a morena, olhando carinhosamente para a irmã - Eu te amo.

- Eu te amo mais, sabe por que? - provoca a senhorita Rodriguez, segurando as mãos da irmã - Por que em todos esses anos, foi você quem me criou. Você não é só minha irmã, mas também minha mãe.

Com os olhos cheios de lágrimas, Melissa a abraça. Foi difícil para a mais velha cuidar da irmã, da mãe, trabalhar e ainda fazer faculdade. Uma guerreira, é isso que Melissa Rodriguez é.

Se afastando do abraço, Mary Anne leva as malas até a sala. Para ela, qualquer minuto a mais com a chorosa e triste Melissa, a fará mudar de ideia.

Bob a espera na porta, negando-se a olhar para a cunhada. Ele não deveria ter brigado com sua noiva, sabe que sempre perde nas discussões...

Ali está o que queria, Mary Anne saindo de sua casa. Porém, fica um pouco angustiado pois sabe que Mel queria que a irmã ficasse.

- Que cara é essa? - pergunta a mais nova - Achei que se despediria de mim com uma taça de champanhe e fogos de artifícios.

- Mel não deixaria - susurra ele, rindo, estendendo a mão logo após - Eu nunca gostei de você e sequer fiz questão de esconder, mas pelo bem de minha mulher eu espero que tenha uma boa viagem e seja feliz.

- Essa foi uma das coisas mais amigáveis que você já me disse - sorri a loira, aceitando a mão de Bob.

Escutando um carro buzinar, Mary Anne sabe que é a hora de sua despedida final. Abraçando a irmã mais uma vez, vai em direção ao automóvel sem olhar para trás.

Fica surpresa ao ver o Kaulitz que menos queria encontrar. Tom está no volante e ambos estão... sozinhos.

- Mas o que caralhos você faz aqui? - pergunta Mary Anne, recusando-se a ser amigável.

- Não vim por que quis, se quer saber - o moreno a olha com desinteresse - Bill me pediu para te buscar, porque ele tem que resolver alguns problemas da banda com a arena local.

- Que problemas? - o questiona, colocando o sinto.

- Não é da sua conta - sorri Tom, em deboche.

Franzindo o cenho, Mary Anne abre a janela e acena para sua irmã que chora incontrolavelmente ao lado de Bob. Uma dor aperta seu peito, mas ela tenta se acalmar. Nunca foi de chorar, entretanto, engole em seco ao sentir seus olhos lacrimejarem.

Sem trocar uma palavra, Tom e Mary Anne dirigem-se ao aeroporto. Bill, Gustav e Georg já estão lá, os esperando.

O Kaulitz mais velho cerra os dentes a cada minuto, perguntando-se se Mary Anne está pensando o mesmo que ele. Foi ali, em um carro como aquele, que fizeram amor pela primeira vez. Uma noite que será inesquecível para ambos... Apertando o volante com força, relembra dos gemidos que saíram da boca da mulher ao seu lado. Como ela o enloquece, mesmo a odiando.

Mary Anne não sabe cumprir promessas, assim como ele. A loira jurou nunca mais falar com nenhum dos dois Kaulitz. E veja só, ela está namorando com um deles. Quanta irresponsabilidade!

De outro lado, a mente de Mary Anne não está no dia em que transou com Tom, mas sim no dia em que sua mãe foi embora de vez. Não entende como alguém pode jogar fora as filhas que tem, fingindo que nada aconteceu.

Ela tinha 17 anos quando o pai morreu e Mel, 22. Quase terminando sua jornada escolar, Mary Anne recusou-se a ir à escola.

Foi um período tenso, pois sua irmã não sabia que ela matava aula todos os dias pra trabalhar, e ajudá-la com as contas.

Foi quando o diretor veio fazer uma visita para Melissa, enquanto Mary Anne estava na "escola".

Ao chegar em casa, recebeu uma bronca da irmã, na qual nunca esquecerá. Depois daquele dia, foi obrigada a ir a escola novamente...

Tudo isso, todo o sofrimento de Mel e de Mary Anne, foram causados por uma mãe que recusava-se a sair do quarto...

Agora, a mulher que não merece ser chamada de mãe, diz que virá no casamento de uma das filhas? Só se os porcos voarem.

Chegando no aeroporto com o silêncio ensurdecedor ainda presente, Mary Anne e os garotos vão em direção ao seu avião.

Bill nota a tensão da loira, e segura sua mão. Seus olhos se encontram e ambos sorriem. Tom ignora a cena a sua frente  e senta-se em banco afastado.

Com o Kaulitz mais novo ao seu lado, os pensamentos obscuros de Mary Anne se dissipão. Tudo será diferente dali pra frente.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Your Lips, My Lips, 𝘼𝙥𝙤𝙘𝙖𝙡𝙮𝙥𝙨𝙚  | The Kaulitz Brothers. Onde histórias criam vida. Descubra agora