UNLIMITED ― ❞ nascida em 1993, Joan Diaz ― Winchester ― cresceu e foi criada com a história de que seu mistérioso pai havia a abandonado, era a história que sua matriarca a contava. Mas doze anos depois do seu nascimento, um novo buraco se abre le...
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MINHA mãe congelou quando viu os homens ao meu lado, no caso, congelou quando viu o Loiro, Dean. Olhei de relance para ele que estava boqueaberto encarando minha mãe, Sam ao seu lado também olhava minha mãe com um olhar distante.
Eles se conheciam?
―― Joan. ― a voz da minha mãe saiu como um sussurro desespero de sua boca, e no mesmo instante seus olhos marejaram.
―― Joan? ― o loiro perguntou olhando para minha mãe e em seguida para mim, ele parecia tão confuso agora.
―― Entra agora, Joan. ― ela falou encarando o chão.
―― Mãe... ― sussurrei para a matriarca a lembrando que não estávamos sozinhas.
―― Entra na porra da casa! ― ela ergueu seus olhos que agora estavam vermelhos e repletos de desespero.
Seu rosto estava tão diferente que chegava a ser assustador. Encarei a mulher com medo no meu olhar antes de entrar mancando na casa sendo seguida pela mesma que bateu a porta na cara dos dois rapazes.
―― Howie, vai para o seu quarto. ― minha mãe falou para o menino que logo obedeceu sua ordem.
Seus olhos encaravam o chão e eu sabia que ela estava tentando se controlar para não pular em mim e me dar uma surra.
―― Qual é, mãe? ― perguntei a fazendo olhar para mim. ― eles me ajudaram e você não teve a capacidade de agradecer!
―― E porque eu agradeceria eles? ― gritou.
―― Porque eles ajudaram a sua filha. Por que você é assim. ― perguntei deixando a mulher sem palavras. ― se você não me queria, porque não me deixou com o meu pai?
―― E você acha que eu queria ter engravidado? E dado a luz a uma garotinha inútil na minha vida igual a você? ― ela cuspiu aquilo, me fazendo sentir o peito arder e meus olhos cocarem. ― eu fugi do seu pai quando descobri sua verdade, a sua e a da sua família!
―― Mas porque? ― perguntei me encolhendo enquanto as lágrimas saíam.
―― Seu pai é o homem mais inútil que eu já conheci. Igual a você!
―― Mas porque tratou eles daquele jeito? Porque é sempre tão estúpida? ― perguntei me referindo aos dois homens que me ajudaram. ― Daonde você conhece eles? Daonde você conhece o Dean?
A matriarca parou por um tempo espremendo os olhos, em seguida soltou um longo suspiro parecendo derrotada, o jeito que ela me olhava era tão incógnito, porém por trás daquilo haviam tantas respostas.
―― Oque eles tem haver com o meu pai? ― gritei sentindo as lágrimas escorem pela maneira como ela disse aquela palavras anteriores. ― ME FALA!
―― Daonde saiu esse interesse todo de conhecer o seu pai? ― ela perguntou afim de mudar o caminho do assunto.
―― E isso importa pra você? Importa pra você que a sua filha sente saudades do pai e da mãe todos os dias? Você se importa se vou estar bem, mal, com dor, ou com a porra do joelho aberto? ― eu nunca havia aumentado o tom de voz com a minha mãe. Nunca havia batido de frente com ela.
Minha mãe sem pensar, ergueu sua mãe espalmada e a levou em direção ao meu rosto. No momento em que sua mão colidiu com a minha bochecha, senti tudo corroer. Ela estava me corroendo.
Levei a mão até o local atingido sentindo arder. Encarei a minha mãe com lágrimas nos olhos, mágoa e tristeza. Já o seu olhar era repleto de ignorância e rancor, um soluço escapou e ela me olhou como se já pedisse.
Tapei minha boca com as duas mãos enquanto segurava o choro e os soluços. Ela odiava choro, odiava qualquer barulho que a lembrava a tristeza. Em sua cabeça, apenas ela tinha suas dores.
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