trinta e sete.

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( toledo, ohio )

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( toledo, ohio )

ABRI os olhos sentindo o sol bater no meu rosto, senti um lado da minha cabeça doer já que estava com ela apoiada na janela do carro a horas. Ajeitei a postura no banco de trás enquanto coçava os olhos e bocejava.

—— Já  chegamos? — Perguntei com a voz rouca enquanto me apoiava no banco da frente.

—— Sim, estamos quase chegando no hotel. — Dean afirmou me olhando pelo espelho.

Assenti enquanto apoiava minhas costas no banco e encarava a estrada, realmente não demorou para chegarmos em um hotel, com minha mochila  nas costas cheguei no quarto vendo novamente apenas duas camas, mas desta vez havia um sofá. 

Suspirei e fui até o sofá, largando a mochila no chão e me deitando no mesmo.

—— Quer ir à um funeral? — meu pai perguntou simples enquanto se sentava na cama de solteiro.

—— Não fui nem no funeral da minha mãe, quem dera de um estranho. — Falei me sentando e pensando em algo. — posso ir ao centro? — Perguntei vendo os irmãos se olharem.

Pareciam conversar por olhares, estavam entrando em algum tipo de acordo.

—— Certo, vai ficar por perto? — Dean perguntou e eu assenti. — volte em duas horas! Sem atraso!— Ele falou e Sam retirou sua carteira do bolso, em seguida me entregando duas notas.

—— Se quiser comer alguma coisa. 

—— Obrigada! — Falei jogando a mochila por cima dos ombros e indo até a porta olhei o uma última vez para eles e sorri para os dois antes de sair.

Comecei com um caminho sem direção, não sabia ao certo oque fazer alí, o primeiro lugar que fui foi para um sorveteira. Fazia tanto tempo que eu não tomava um sorvete. Em seguida fui até uma loja de aparelhos antigos, era hoje que eu compraria um novo MP3.

—— Olá! — Falei chegando no balcão e ficando de ponta dos pés devido a altura do balcão.

—— Oi, mocinha, como posso te ajudar? — uma mulher loira de aparentemente quarenta anos perguntou retirando os seus óculos arredondados enquanto sorria gentilmente.

—— Eu gostaria de um MP3, oque eu tinha... Bom, estragou...

—— Temos o modelo antigo, está na promoção! — ela falou indo até um estante e pegando o aparelho maior doque o meu antigo e com fones maiores, era de fita. — oque acha?

—— Qual o preço?

—— vinte e cinco dólares.

Arregalei levemente os olhos enquanto suspirava fundo e retirava o dinheiro do bolso, era tudo oque eu tinha, exatamente vinte e cinco dólares.  Com receio de gastar, entreguei a nota para mulher e ela foi atrás do balcão.

Pegou um papel e anotou alguma coisa, em seguida guardado o aparelho em um sacola.  Agradeci a mulher e saí do local. Retirando o aparelho da sacola e jogando na primeira lixeira que encontrei.

Fui até um banco na praça e me sentei, do bolso da mochila retirei a fita de AC/DC.  Ouvir rock estava virando o meu novo Rob de tanto que meu pai ouvia. Não que aquilo fosse um problema, as músicas eram ótimas.

( ... )

Havia chegado no hotel a horas, e nada deles, quando a noite foi se aproximando, eu fui sentindo o sono, e com a única música que tinha, peguei no sono com os fones atirada no sofá do quarto.

Não lembro de em momento algum eles terem voltado para o quarto, apenas me lembro de acordar na manhã seguinte com Dean e Sam conversando.

—— Bom dia,pirralha! — Dean falou com vários livros em mãos. — dormiu bem?

—— Sim... Oque está fazendo? — Perguntei me levantando enquanto me sentava ao seu lado e dava uma observada nos livros.

—— É um novo caso... Bloody Mary. — o loiro falou um tanto brincalhão enquanto me arrancava uma pequena risada nasal. — que foi?

—— Bloody Mary? Fala sério! — comecei enquanto prendia o meu cabelo em um rabo de cavalo já que alguns fios castanhos estavam atrapalhando a minha visão. — Eu brincava de Bloody Mary na minha antiga escola! É só uma lenda boba! — Falei lembrando das brincadeiras bobas.

—— Mas agora é real! — Sam explicou se jogando na cama.

—— Tão falando sério? — Perguntei encarando o moreno por um longo instante.

Antes que ele pudesse me responder, seu telefone toca e o mesmo atende. Me levantei e fui até o banheiro para dar um jeito no meu cabelo, resolvi por fazer uma trança de cada lado da cabeça, algo simples.

—— Temos que ir! — Dean abriu a porta do banheiro em um solavanco.  Olhei para o homem perplexa e logo o segui.

Peguei minha mochila, e meu casaco enquanto saia do quarto e entrava no banco de trás do carro.

—— Oque aconteceu? — Perguntei olhando para os dois.

—— É sobre o caso, Joan, você já vai entender, mesmo não devendo! — Dean explicou dando partida no carro.

Quando o carro estacionou em frente a praça onde eu estava no dia anterior, saí do carro junto com os dois, no caminho me pediram para não falar nada, ficar de boca fechada. E era isso que eu faria.

Andamos até uma garota loira, parecia ser uns cinco anos mais velha que eu, quando me viu apenas sorriu, ela chorava e parecia angustiada com alguma coisa.

—— Ela foi encontrada no chão do banheiro, e... Os olhos dela, eles, eles sumiram. — Falou aos prantos enquanto encarava os próprios pés.

—— Que tristeza...

—— E ela falou... ela falou pra mim! Mas não pode ter sido isso. Eu tô louca, não tô?

—— Você não está louca. — Dean falou.

—— Tem alguma coisa acontecendo aqui! — Sam chamou a atenção. — uma coisa que não pode ser explicada...

—— E vamos acabar com ela. — o loiro completou a frase do irmão. — você pode nos ajudar.

Só não entendia porque precisava ficar calada, nem apresentada fui. E meu pai, era outro que estava estranho.

UNLIMITED ― ᵗʰᵉ ʷⁱⁿᶜʰᵉˢᵗᵉʳ ✡Onde histórias criam vida. Descubra agora