Eleanor "Demon" Souza, uma assassina de elite que é transferida para a Força Tarefa 141 por supostos problemas de insubordinação com seu antigo coronel. Rebaixada de patente e sob outro codinome, Phantom passa de somente uma soldado de temperamento...
Chegamos na base e eu dispensei meus homens, agradecendo o desempenho deles na missão. Larguei meu equipamento no arsenal e segui para os alojamentos, parando na porta que eu sabia ser o quarto de Cypher, de todas as quatro mulheres que eram minhas melhores amigas, ela era a mais curvilínea, e portanto, aquela cujas roupas serviam melhor em mim. Tomei um banho caprichado, lavando todo o sangue que me cobria. A água quente relaxou meus músculos, e senti o resto da Hellhound desvanecendo do meu sangue, vendo as gotas de sangue pingando do meu nariz, um dos efeitos colaterais da droga.
Lavei a boca, a água saindo cor de rosa pelo sangue que saía em minha saliva. Sangramento, dor de cabeça, insônia, tremedeira, visão turva e pesadelos eram os efeitos colaterais de utilizar a Hellhound, mas eu já havia me acostumado com todos os sintomas depois de anos a usando nas missões, não mais me afetando gravemente por quase nenhum deles. Saí do banho vestindo uma calça moletom preta e uma camiseta vermelha, não tinha nada contra usar cores, apenas havia me habituado a usar sempre preto trabalhando na Nightshade. Como Cypher dificilmente ia à campo, ela tinha o costume de usar roupas coloridas.
Cheguei na enfermaria, observando pela janela o grande homem que amava deitado na maca, seu braço estava com um acesso onde uma mistura de soro, nutrientes e eletrólitos eram injetados em seu organismo. Seus ferimentos haviam sido limpos e cobertos com curativos bem aplicados. Com sorte em algumas semanas ele estaria totalmente recuperado. Como se sentisse minha presença, König virou a cabeça para mim, me olhando com aqueles olhos azuis escuros, a cor das águas do oceano profundo, através do capuz improvisado que eu fiz.
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Os olhos de König sempre parecem tão frios e insensíveis, mas no fundo há um fogo queimando lá, você sempre conseguiu ver. Um pequeno sorriso curvou o canto dos olhos dele quando olhou para você, e ele lentamente tirou o capuz, seu cabelo castanho escuro caindo solto sobre a cabeça dele. "Meine liebe (Meu amor)." Ele diz baixinho, seu corpo estremecendo quando ele se senta, seus ferimentos lhe causando dor ao se mover.
Meu coração falha ouvindo ele me chamar daquele jeito depois de tanto tempo. As lágrimas enchem meus olhos e eu vou até ele, sentando na beira da maca e envolvendo seu corpo em um abraço delicado. "Ah meu amor... Eu tive tanto medo... Eu senti tanto sua falta."
Ele envolveu os braços ao seu redor, o calor reconfortante te trazendo uma paz instantânea simplesmente com a presença dele ali, seguro ao seu lado. "Ich habe dich auch vermisst, mein engel (Eu também senti sua falta, meu anjo)..." König sussurra baixinho, te abraçando de volta com a mesma força com que você o abraça. "Eu pensei... Que nunca mais... Teria você em meus braços de novo... M-mas estou aqui agora. E... E eu não vou embora. E-eu prometo." Ele diz suavemente, inclinando a cabeça em seu ombro.
Eu me afasto, limpando as lágrimas e acariciando seu rosto. Cypher ou Kitsune devem ter limpado o corpo de König e feito sua barba, pois ele parecia quase ele mesmo, embora bem mais magro, e com olheiras profundas. Seus cabelos castanhos escuros estavam compridos, mas agora estavam limpos, caindo lisos sobre as laterais de seu rosto marcante, chegando até metade do pescoço.
