⚠️ ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO MENCIONA CRIME SEXUAL CONTRA CRIANÇAS.⚠️
*Uma personagem ainda não apresentada na história até agora relata o que aconteceu com ela no passado. Não teremos descrição de um ato de violência tão terrível quanto esse... Apenas menção ao passado dela.======================================
Os dias seguintes foram pontuados por momentos em que Eleanor chorava incontrolavelmente ou tinha acessos de raiva, destruindo um cômodo após o outro. Toda vez, König a impedia antes que ela começasse a se machucar. Ele a abraçava e chorava com ela, ela chorando de dor e ele chorando de raiva. Um dia, depois de chorar até perder a voz e cair no chão de exaustão, Gretta conseguiu convencê-la a fazer os exames necessários para gravidez. No porão da instalação, o médico realizou um ultrassom que detectou não um... Mas dois corações batendo dentro de seu ventre.
Ela estava grávida de gêmeos. Quase duas semanas de gravidez. Fazendo as contas ela soube exatamente o dia em que engravidou, um dia antes da missão em Nebraska. Quando ela teve os dois juntos... Ao mesmo tempo... No mesmo lugar. Ao receber a notícia de que seriam gêmeos, König chorou de alegria, mas Eleanor chorou por causa das lembranças, por sentir falta de Ghost, por causa da dor de ele ter fugido, por seu medo do futuro.
~•~
Ghost estava sentado em um canto, sozinho, quebrado. Seu rosto estava machucado e cortado, seus lábios partidos e seus olhos inchados de tanto chorar, seu corpo tremia enquanto ele chorava em suas mãos mais uma vez. Ele estava perdido em um poço de desespero. Sua mente estava acelerada, tentando entender o que havia acontecido. Seu coração disparou, sua garganta secou enquanto seus olhos se enchiam de mais lágrimas. Ele estava escondido em um quarto de motel, poderia ter ido para qualquer outro lugar, mas simplesmente não conseguia sair da cidade. A base da Nightshade ficava a quase sete quilômetros de distância, e ele se perguntava como diabos um homem poderia sobreviver com o coração batendo tão longe do corpo.
Ele tinha tudo, o mundo inteiro nas mãos, e deixou cair... Por medo. Ele se sentia um verme, um lixo, não conseguia se olhar no espelho e usava máscara o tempo todo para evitar se olhar. A vergonha o consumiu e ele se arrependeu do que fez no momento em que as portas pretas da base se fecharam atrás dele. Mas já era tarde... Ele tinha fodido com tudo. Mais uma vez, em sua vida miserável, ele destruiu o pouco de bom que lhe havia acontecido. Ele bebia sempre que não desmaiado pelo álcool. O quarto fedia a cigarro, suor, vômito e álcool, e ele se sentia a criatura mais miserável do mundo.
Ghost enroscado no canto do quarto de motel sujo, a cabeça enterrada nos joelhos, os ombros tremendo. Sua mente estava acelerada, os pensamentos fluindo por sua cabeça como sangue em uma veia. Ele não conseguia pensar, tudo estava uma bagunça. Ele sentiu como se estivesse ficando louco. Por que isso teve que acontecer? Por que tinha que ser ele? Houve um motivo? Ou foi apenas a reviravolta mais cruel do destino? Ele seria pai. Mas não qualquer pai. Um pai morto. Um pai que abandonou a família.
Ele sentiu necessidade de beber para afogar os pensamentos em sua mente, mas a última garrafa de whisky que ele tinha estava vazia há horas. Amaldiçoando-se mais uma vez, forçou-se a levantar-se e arrastar-se até o bar mais próximo. Depois de beber o suficiente para mal enxergar, ele saiu cambaleando pela porta, com uma garrafa de whisky enfiada em um saco de papel pendurada entre os dedos. Depois de tropeçar pela quinta vez, ele decidiu encostar-se na parede e deixar-se escorregar até o chão.
Ele abriu a garrafa com os dentes e levantou a base da máscara, a muito tempo suja, para beber mais, na esperança de desmaiar e esperar que algum criminoso o matasse enquanto ele estava inconsciente. Sabe-se lá quanto tempo depois, passos se aproximaram dele e uma voz feminina quase infantil chegou aos seus ouvidos. “E aí docinho? Quer se divertir? Vou te fazer um bom preço.”
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Rise from Abyss: Lethal Trinity
FanficEleanor "Demon" Souza, uma assassina de elite que é transferida para a Força Tarefa 141 por supostos problemas de insubordinação com seu antigo coronel. Rebaixada de patente e sob outro codinome, Phantom passa de somente uma soldado de temperamento...