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   Ela estava pouco se importando

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   Ela estava pouco se importando.

     Monsieur Neuvillette poderia sair ou deixar de sair com quem ele quisesse que aquilo não seria da conta dela. Entretanto, quando o homem perguntou e insinuou que ela estava com dificuldade para se adaptar ela mudou da água para o vinho. E daí que ela de fato estivesse? Eles nunca teriam intimidade suficiente para que ela fizesse um pedido desses, e mesmo se um dia tivessem, ela nunca pediria ajuda dele. Lizliwy era auto suficiente para resolver seus problemas sem a ajuda daquele Chefe de Justiça.

     Ela colocou um dos pijamas que a melusina Vivienne havia lhe dado e se pôs para dormir ao se enrolar em seus lençóis. Seu dia não tinha sido nada cheio, e ela obviamente não estava cansada, apenas pensativa sobre como o grande Juiz também havia perdido parte de sua vida com sua chegada, ela se permitiu ficar com pena do homem por um tempo.
   
      "Que seja, se quisesse que as coisas tivessem sido diferentes, deverias ter dito algo a Furina assim que tivesse a chance." — Pensou.

     Ela refletiu mais um pouco, o porte de Neuvillette, a cadeira que o mesmo se sentava todos os dias e em como talvez a mesma parecia não ser nada confortável. 

     Seu coração praguejou por um instante.

     O elevador demorara um pouco para chegar, mas a mesma logo se encontrava no escritório central. Lá, era tudo escuridão, exceto pela luz que se passava pela fresta da porta do escritório pessoal do Juiz. 

     Passos puderam ser escutados por suas orelhas pontudas, a sombra pela fresta parou, e por mais que soubesse  quem era o dono de tal sombra, ela ainda se assustou, e a mesma não sabia o motivo de se sentir daquela forma. 

— Entre, Lady Perunna. A voz do mesmo finalmente foi liberada, a potência podendo ser sentida por ela mesmo atrás das grandes portas do escritório.

     Como Neuvillette sabia que alguém exploraria o escritório principal, Lizliwy não sabia, como ele soubera que era ela por trás dos passos silenciosos que a mesma deu, era um mistério maior ainda.

     Ela suspirou fundo, dando um passo para a frente. As mãos delicadas e pequenas porém com calos calejados em pontos específicos se reergueram para cima, empurrando as portas pesadas para frente, e logo se dando de cara com um Neuvillette a pequenos passos de distancia.

— O que a traz aqui? — O homem perguntou, o cabelo branco um pouco bagunçado. Lizliwy percebeu que o mesmo parecia estar se preparando para dormir.

— Estava pensando — Ela se aproximou, ficando a distancia de um passo do mesmo — O senhor poderia me realocar para a biblioteca do apartamento. Se colocasse uma cama para mim, eu iria para lá sem nenhuma ressalva quanto a decisão. 

     A castanha-arruivada firmou os pés no chão, passando credibilidade e confiança quanto a opinião expressada, entretanto, Neuvillette apenas continuou a encarando, como se pensasse sobre o que acabara de ser proposto. 

𝐅𝐋𝐎𝐂𝐎𝐒 e 𝐌𝐀𝐑𝐄𝐒𝐈𝐀,, 𝙈. 𝙉𝙚𝙪𝙫𝙞𝙄𝙄𝙚𝙩𝙩𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora