𝐅𝐋𝐎𝐂𝐎𝐒 e 𝐌𝐀𝐑𝐄𝐒𝐈𝐀,, 𝙈. 𝙉𝙚𝙪𝙫𝙞𝙄𝙄𝙚𝙩𝙩𝙚

O2

    Os lençóis que a mesma havia dormido ainda a abraçavam quando a mesma abriu seus olhos e se deparou com uma manhã radiante e fresca na nação da arconte hydro.

     Neuvillette não havia dormido no apartamento que se encontrava no andar debaixo do escritório principal, não que ela sentisse falta do homem, mas não mentiria se a perguntassem se ela estava curiosa sobre onde o mesmo havia passado a noite. Que seja, pensou, o homem havia dito na noite anterior que ambos não teriam responsabilidade para um com o outro, logo aquilo não era de sua conta. E se fosse sincera, a mesma estava feliz por não precisar levar aquela união mentirosa tão a sério. Por não obrigarem-na a levar a sério.

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     O sofá do escritório não era o melhor descanso que ele poderia ter para si e suas costas, mas depois da visita que havia recebido na noite passada, dificilmente se lembraria de tais questões. Pois tinha conseguido se esquecer por algumas horas de seus problemas com Lady Perunna.

     Mais tarde, as melusinas o ajudaram com seu café da manhã e os arquivos e dados dos julgamentos que teria ao decorrer do dia. 

     Ao perguntar para as melusinas sobre como estava o andar debaixo, as mesmas apenas o responderam com pareceres simples, dizendo como a Lady se recusava a sair da cama e de seus lençóis quentes, muito menos estava disposta a explorar a cidade de Fonteine. 

     "Garantam que ela se alimente por favor." — Foi o que respondeu ao ser questionado sobre o que deveria ser feito sobre a mulher no andar debaixo de seus pés. 

     Mais tarde, após sair da Ópera Epiclese e terminar os julgamentos que ocorreriam naquela manhã, o mesmo voltou para seu escritório para que pudesse almoçar e logo depois voltar para seus outros afazeres na Ópera. O mesmo pode fazer sua refeição, descansar e organizar o resto da papelada de próximos julgamentos. 

     Algum tempo se passou, e nada de cabelos castanhos e mechas vermelhas, enfim, nada de Lizliwy Perunna.

     Ao perguntar as melusinas sobre como a garota se encontrava, haviam dito que ela ficava lendo livros da biblioteca pessoal de Neuvillette e ainda se recusava a sair para fora dos aposentos. E no fim, por mais que o homem se preocupasse com o estado da jovem, ele não poderia obriga-la a falar com ele, a se alimentar, e muito menos ficar bravo com a insistência da mesma em se negar a conhecer a nação. Na verdade, o mesmo até entendia o motivo de tamanha rebeldia.

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     As horas foram se passando, e na perspectiva de Lizliwy um dia nunca havia demorado tanto tempo para se passar como aquele. A garota tinha passado sua manhã inteira tentando ler os livros que haviam na biblioteca de Neuvillette, entretanto o linguajar dos livros era extremamente complicado para o entendimento de uma recém chegada em Fonteine, ainda mais sendo não fluente no idioma da nação.
     A castanha arruivada deixou os livros de lado após horas de uma tentativa falha de compreensão de leitura.