Um Reino que é governado por um Rei imortal chamado Eloim. Mendaz um servo rebelde tenta roubar Kadosh o livro que é responsável por manter a paz do reino. Mendaz engana metade dos servos de Eloim, mas o Rei descobre seu plano, e Mendaz e seus cúmpl...
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Continuamos a andar por alguns minutos.
- Vamos para o treinamento - Dax olha para o relógio de pulso - Já começou.
- Vamos! - Afirmo.
Dax saiu liderando na frente. Ansiava para saber como era esse treinamento e o porquê eles insistiam tanto em roubar Kadosh.
Quando chegamos ao espaço de treinamento, que na verdade era apenas uma rua enorme em largura e cumprimento em céu aberto, já havia muitas pessoas.
Vimos as arquibancadas e fomos até. Escolhemos lugares e sentamos.
Os servos de Mendaz estão divididos em grupos, cada um com um instrutor cruel que os pressiona a dar o melhor de si. Eles praticam técnicas de luta corpo a corpo, com movimentos ágeis e precisos. Alguns treinam com espadas, outros com bastões e punhais, criando uma coreografia de movimentos impressionantes.
O treinamento é intenso, e os instrutores não hesitam em punir aqueles que vacilam. Isso cria um ambiente de competição feroz entre os servos, onde apenas os mais habilidosos e determinados conseguem sobreviver.
- Isso é meio pesado - Orly olha pra mim.
Meus olhos contemplavam aquela luta; eles realmente eram bons. Um sorriso suave apareceu no meu rosto.
- Atlas, por que você está sorrindo? - Ela pergunta me tirando dos meus devaneios.
Desfiz o sorriso assim que nossos olhos se encontram.
- É... eu lembrei de algo engraçado - Falei.
Orly on
Atlas estava estranho. Seus olhos brilhavam quando ele via aquelas pessoas lutando.
Voltei meus olhos para a luta.
- Você está impressionado com isso?
Ele não respondeu, pois estava com os olhos fincados em cada movimento do treino.
- Atlas! - Aperto seu braço o fazendo tornar o foco para mim.
- É melhor a gente sair daqui! - Digo com firmeza.
- Orly, por que suas mãos estão tão quentes? - Pergunta.
Olho para minhas mãos.
- Vamos embora! - Isso saiu meio desesperado.
- Ainda não - Ele se nega olhando de volta à luta.
- Atlas...
- Orly, apenas aprecie essa obra de arte, olhe esses movimentos perfeitos - Ele aponta.
Meu coração começa a acelerar; aquele não era o Atlas que eu conhecia.
Me levantei e dei um passo largo; minha intenção era sair daquele lugar, mas senti Atlas me puxar para trás, segurando minha mão.
- Para onde você vai? - Seu tom me causou medo.
Puxei meu braço e sai correndo. Apenas escutei ele dizendo para os outros não o seguir, depois saiu correndo atrás de mim.
- Orly! - Grita.
Apenas ignoro e continuo correndo o mais rápido possível. Me desviei de muitos lixos e caixotes, virava as curvas com muita precisão.
Olhei para trás com dificuldades, e Atlas estava perto demais; então corri como nunca antes, saindo de uma rua e entrando em um bosque escuro.
Continuei correndo até sentir o chão se aproximar de mim com um impulso forte, fazendo minha cabeça doer.
Atlas me derrubou no chão e segurou minhas mãos perto de seu queixo.
- Me solta - Grito.
- Não sei por que você está assim! - Ele diz.
- Talvez seja porque você caiu em uma armadilha de Mendaz - Digo com raiva.
- Você não sabe de nada! - Ele grita.
- Que exemplo de líder você é! - Fiz uma pausa - Você é fraco! - Digo me desviando do soco que ele ia me acertar e soltando minhas mãos.
Me levanto rápido, fechando os pulsos, percebendo que iria começar uma luta onde eu precisaria lutar contra o mal.
Estávamos no meio de um bosque sombrio e silencioso, a tensão pairando entre nós como uma nuvem carregada de tormenta. A lua espreitava através das árvores, lançando sombras inquietantes no chão coberto de folhas secas. Não havia como voltar atrás; o confronto era inevitável.
Os olhos de Atlas estavam fixos em mim, determinados e frios, como se estivesse possuído por uma determinação sombria. Sua postura era a de um predador, músculos tensos e prontos para o ataque. Eu podia sentir a força implacável em suas mãos.
Minhas mãos tremeram ligeiramente. Minha mente estava em turbulência, dividida entre minha convicção e a preocupação de que nosso relacionamento estava se desfazendo diante dos meus olhos.
Me lembrei das palavras que lançamos quando libertamos uma alma.
- Atlas... que Eloim...
Antes que eu pudesse terminar minha frase, Atlas se lançou em minha direção com uma velocidade surpreendente. A luta foi feroz, um duelo de força e habilidade. Cada movimento dele era calculado, cada ataque, implacável.
Eu lutava para me defender, desviando-me dos golpes de Atlas com a agilidade que tinha aprendido, mas ele era implacável. A dor e o cansaço começaram a se acumular, e eu sabia que não podia continuar indefinidamente.
Enquanto a luta prosseguia, percebi que esse conflito físico refletia a divisão mais profunda entre nós. Não era apenas uma questão de combate; era uma batalha de ideais e princípios que ameaçava separar nossa amizade para sempre.
Já estava cansada, sem forças, mas a determinação em libertar Atlas era minha força. Em um passo rápido, consigo me desviar de seu golpe que com certeza iria me fazer desmaiar; olhei dentro dos seus olhos, o que o fez paralisar, e disse com sinceridade e orando para Eloim o libertar.
- Que Eloim te ilumine! - Digo sem tirar os meus olhos dos dele.
Seu rosto tenso e assustado.
De repente, ele voou em um impulso sendo arremessado para trás fazendo se chocar com uma árvore.
Corri até ele.
- Atlas - Grito.
Mas ele estava desacordado.
- Atlas - Digo já com as lágrimas molhando meu rosto.