Capitulo 22

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- Vamos comer alguma coisa? - Pergunta ele

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- Vamos comer alguma coisa? - Pergunta ele.

- Eu aceito! - Com um impulso me coloquei de pé.

Nos dirigimos a uma das barraquinhas. Ao nos aproximar um cheiro gostoso subiu. Mas aquele cheiro era familiar como do cachorro quente que minha mãe fazia.

- Vou querer dois! - Diz Atlas para o moço.

O homem que aparentava ser um pouco velho recheia os cachorros quentes com muita agilidade.

Pegamos os lanches que aqueceram nossas mãos e nos assentamos novamente no banco. E conversamos entre mastigadas e risadas, falamos sobre nossa família e citei o quanto estava com saudade de casa.

No caminho para casa observamos a cidade, todas as casas já estavam com janelas e portas fechadas.

- Como todos nossos amigos vão dormir na casa da sua mãe?

- Alguns vão ficar na casa de Clemente - Afirmou Atlas.

- entendi - Senti uma pontada de saudade apertar em meu peito ao passar por uma casa parecida com a minha, no outro mundo.

- Está sentindo alguma coisa? - Atlas me pergunta percebendo minha expressão facial meio triste.

- Lembrei da minha casa do outro mundo, parecia com aquela que acabamos de passar - Apontei.

- Um dia vamos voltar para lá! - Ele nos fez parar a caminhada e segurou seu olhar no meu.

- Nós?! - Perguntei.

- Sim, já tenho falado com Eloim sobre isso - Ele acaricia meu queixo com delicadeza.

Solto um sorriso de felicidade.

- Vamos morar no Canadá - Brinco imaginando nosso futuro.

- Vamos para onde Deus nos levar! - Disse com um sorriso no rosto.

Seus lábios tocaram os meus novamente em um beijo rápido e estralado.

[...]

Meu Deus parece que a saudade de casa hoje está maior, por favor me sustente e me ajude a cumprir essa missão.

Me levanto da cama e vou até ao banheiro com cuidado para não acordar Alora e Rose que estavam dormindo em dois colchões no meu quarto.

Liguei o chuveiro e tomei uma ducha e coloquei o uniforme de treinamento.

- Bom dia! - Digo animada enquanto desço as escadas rumo a sala de jantar.

Verônica me respondeu com um sorriso enquanto servia a mesa então senti braços fortes me abraçarem por trás e um perfume gostoso invadiu meu nariz.

- Bom dia! Está ansiosa para o treinamento?! - Atlas indagou.

Me virei para ver o rosto dele e apoie as mãos em seus ombros.

- Estou! Porque depois desses treinamentos...- Interrompi.

- O que vai acontecer depois?

- Vou voltar para casa - Olho para os olhos dele, que agora pareciam vacilantes.

- Venham tomar café da manhã! - Verônica me destrai da análise facial que eu fazia em Atlas.

Nos assentamos a mesa e antes de comer fizemos uma oração pelo dia.

[...]

Muitas pessoas com trajes de luta passavam por nós indo em direção ao campo de treinamento. Ao chegar lá era um lugar bem largo com chão de areia e arquibancadas que cercam o lugar dando um formato redondo.

Havia várias pessoas se aquecendo até que um homem meio baixo que parecia ser de uma idade um pouco avançada se posicionou no centro da campo e começou a falar em alta voz com seria organizado o treino, e nos lembrou o real motivo daquela missão que não só era impedir de Mendaz roubar Kadosh mas também libertar aqueles que estavam nas trevas.

Todos se posicionaram na área a uma distância de um braço de cada. É uma luta sem sangue, pois é um treinamento, o importante é não cair no chão e não ser derrubado, e no final os dois últimos que sobrar lutaram contra si.

A luta começou depois das explicações, o campo começou a se agitar e muitas pessoas já estavam no chão e saindo do campo, uma garota baixa veio em minha direção, ela tentou me derrubar, mas parecia não ter muita experiência então foi fácil, fazer com que seu corpo fizesse um arco no ar e cair com um impacto forte.

- Uma já fo...- Fui interrompida por um puxão na minha perna, mas fui rápida e consegui manter o equilíbrio enquanto um rapaz investigava como me derrubar, então fui para cima dele mas ele era veloz e se desviava de todos os golpes. Mas o golpe fatal foi um empurram que dei quando nada mais o fazia cair mas com um simples empurram ele caiu no chão e saiu frustado.

Lutei com muitos e derrubei todos, meu corpo já estava no limite mas ignorei e continuei até quando uma jovem chutou minha perna por trás o que me fez cair no chão me levantei e saí, o meu cansaço era tão grande que não tive tempo para frustração apenas me joguei numa cadeira da arquibancada.

Fechei meus olhos e respirei fundo tentando não desmaiar então resolvi olhar o campo e lá estava ele, Atlas Collymor, meu amado, e outra pessoa lutando, era o ponto decisivo, olhei bem para a garota que lutava com ele e percebi que era Cielli. Ela realmente era boa naquilo. Ela deu um golpe na perna de Atlas oque fez perder o equilíbrio, mas Cielli o puxou o impedindo de cair e fazendo os dois caírem pois ela puxou Atlas com tanta força que o fez cair por cima dela.

Meu coração naquela hora estava raivoso.

- Tenho certeza que ela fez de propósito! - Pensei em voz alta me levantando.

Meu olhos não conseguia desviar daquela cena, Atlas se levantou rápidamente e deu alguns passos mas Cielli pediu ajuda para se levantar do chão e óbvio ele foi.

- Por que ela não levanta só? - Mais uma vez pensei com a boca e não apenas na mente.

Fui em direção a eles. Atlas me olhou com um sorriso para mim, mas o ciúme que eu sentia não me permitia sorrir de volta.

- Está bem? - Perguntei para ele com uma voz ríspida.

Ele confirmou com a cabeça. Olhei para Cielli com um sorriso satisfatório no rosto.

- Oque foi aquilo? - Pergunto para ela.

- Uma luta?! - Debocha.

- Eu sei que você fez aquilo de propósito - Me aproximei dela, eu já estava pronta para enrolar minhas mãos nos fios de cabelo dela até Atlas entrar no nosso meio e sair me puxando pelo braço.

- Mim solta, Atlas! - Digo colocando força nos pés para freia-lo.

- Está com medo de mim perder? - Pergunta ele parando.

- Não, eu estou com ciúmes!

- É a mesma coisa! - Sua face estava séria.

- Olha Orly, não precisava daquilo!

- Mas você não viu que ela fez aquilo de propósito? - Digo meio aflita.

- Se ela quer conquistar você ela apenas vai gastar energia! - Digo cruzando os braços.

- Ainda bem que você sabe disso! - Atlas me agarra pela a cintura e me puxa para perto de seu corpo quente.

- Orly, você é a pessoa que eu tanto orei, eu não vou me colocar em posição de te perder, ela pode tentar de tudo mas meus olhos só vão amar os seus! - Ele diz colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

Ele me envolveu em um abraço e retribui e ficamos assim por algum tempo.

Orly e o Reino Secreto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora