Capítulo 20

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Agora não andávamos mais na escuridão, mas sim na luz

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Agora não andávamos mais na escuridão, mas sim na luz. Ao fim do túnel, achamos uma porta velha de madeira.

— Será mais um código? — perguntei.

Atlas olhou para mim e, em seguida, rodou o trinco da porta, que se abriu.

— Pelo visto não estava trancada — afirmou Atlas.

Ao abrir da porta, um túnel que parecia mais um tobogã surgiu.

— Outro túnel?! — acrescentou Cielli.

— Talvez essa seja a única saída! — afirmou Kirian.

— Vamos pessoal, estamos perdendo tempo! — disse Atlas, enquanto se dirigia ao tobogã.

Quando me dei por si, já estava descendo por aquele espaço apertado e escuro, até que no final uma luz brilhou e chegou mais perto, até nos jogar numa água funda e fria. Olhei ao redor e vi que estávamos nadando em águas profundas, que ao fundo eram repletas de pedras e mistérios. Nossos pés e mãos se uniram nos movimentos que fazíamos para subir. Quando finalmente o oxigênio foi possível respirar, uma cena que nos fez mergulhar novamente apareceu: dois guardas guardando duas celas, uma ao lado da outra. Permitimos que nossos olhos vissem aquela cena mais uma vez, voltando para a superfície, mas de forma discreta, e para nossa surpresa os guardas dormiam.

— Só tem dois guardas aqui!! — sussurrou Atlas.

Todos ficamos calados observando os pontos estratégicos daquele lugar.

— Eu e Kirian vamos lutar com aqueles guardas para distraí-los enquanto Orly e Cielli — ele apontou para nós — vocês vão pegar as chaves e abrir as celas — explicou Atlas em voz baixa.

— Tá, mas como vamos pegar as... — Cielli foi interrompida pela fala de Kirian.

— Vamos jogar para vocês! Atlas, eles estão acordando — Kirian e Atlas, com um impulso, saíram da água e partiram para cima dos guardas.

— Vamos sair também — propôs Cielli.

— Bora — falei, nadando em direção ao solo seco.

Quando já estávamos em "terra firme", eu cerquei Atlas e Cielli cercou seu irmão, esperando o lançamento das chaves em nossa direção.

— Orly — ouvi a voz de Alora me chamar de dentro da cela.

— Vamos te tirar daí! — disse, sem olhar muito para ela, pois temia perder a jogada das chaves.

Eles distribuíam vários golpes que na verdade não pareciam doer tanto nos guardas, mas os guardas resistiam com outros golpes.

Atlas conseguiu agarrar o molho de chaves que estava na cintura do guarda e jogou para mim. As chaves fizeram um arco no ar até caírem nas minhas mãos, que já estavam em posição de segurá-las.

Fui até a cela, e Alora e Dax já estavam de pé, observando com ansiedade o abrir daquela cela. No meio do molho de chaves, apenas uma abria, mas de alguma forma foi a primeira que testei e que abriu.

Alora e Dax vieram em minha direção com um abraço. Seus corpos eram frios, e suas roupas estavam velhas e rasgadas.

— Vocês estão bem, pessoal? — perguntei, olhando atentamente para seus corpos magrelos.

Ouvi Atlas gritar: — Rápido Kirian! — Atlas olhou para Kirian, que conseguiu jogar as chaves para Cielli, que agora estava testando as chaves com uma agilidade extraordinária, mas nenhuma parecia ser a certa.

— Kirian, vamos trocar — Cielli correu em direção ao seu irmão, trocando com ele. Agora quem lutava com o guarda era Cielli, e Kiran correu para abrir a cela.

Kiran on.

— Eloim me ajude! — disse, quando vi o tanto de chaves que estavam à minha frente, enquanto uma mulher jovem e loira e um rapaz moreno me observavam com ansiedade.

Depois de duas tentativas com as chaves erradas, consegui abrir, e na mesma hora recebi um abraço da jovem, que estava fria.

— Pulem na água — gritou Atlas, e percebi sua cara de cansado e sua boca já estava sangrando.

Mas não hesitamos e pulamos. Atlas e Cielli conseguiram desviar dos guardas e pularam em seguida.

Olhava ao meu redor com desespero, pois nenhuma saída estava à vista, mas de repente uma porta misteriosamente apareceu na nossa frente, e entramos por ela, que nos levou ao túnel por onde estávamos antes, de forma misteriosa.

— O túnel! Estamos na floresta. Vamos para a cidade subterrânea pela floresta — disse Atlas, subindo a escada e abrindo a porta.

— Está limpo, podem vir — avisou Atlas, depois de olhar a floresta.

Orly subiu, depois minha irmã e depois os rapazes e uma jovem de pele escura. Depois foi a vez da jovem que estava na cela que eu abrir subir, mas seu pé escorregou, fazendo seu corpo se desequilibrar.

— Opa, cuidado aí — apoiei minhas mãos em suas costas, impedindo-a de cair.

— Obrigada! — E subiu as escadas.

Fui o último a subir, fechando as portas do túnel.

E nos colocamos em movimento novamente.

Atlas on

— Tem certeza de que essa floresta vai levar até a cidade? — perguntou Orly.

— Creio que sim! — Mesmo cansado de lutar com aquele guarda, me esforcei para sorrir para ela, sem mostrar meu cansaço.

— Eu sei que você está cansado — disse ela, olhando para os meus olhos.

Peguei na sua mão.

— Só queria te fazer sorrir — disse, olhando para aqueles olhos.

— Com um sorriso cansado? — brincou.

— Mas relacionamento é assim: muitas vezes temos que nos sacrificar um pelo outro! — disse.

— Como eu sou sortuda! Obrigada pelo seu sorriso cansado — ela diz.

— Sei que é um gesto bobo e simples — afirmo.

— Eu amo seu sorriso, isso me deixa mais tranquila como se fosse um refúgio — fala Orly, com um olhar apaixonado.

— Eu que me sinto honrado por ter alguém do meu lado como você. Você é como uma coroa para a minha cabeça! — elogio.

Ela solta uma risadinha.

— Amo seus elogios! — diz.

[...]

E, depois de uma caminhada longa, avistamos a entrada para a cidade subterrânea.

— Ali! — aponto para a barraca.

— Vamos ter que nos espremer para que todos caibam! — brinca Cielli.

Todos entramos no elevador, que milagrosamente coube todos, e num impulso fomos para baixo. Gritos foram soltados até o elevador parar e abrir as portas.

— Sejam bem-vindos à cidade subterrânea — Kirian saiu e fez uma reverência.

Todos saíram admirados, e a esperança voltou para seus olhos.

Orly e o Reino Secreto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora