Um Reino que é governado por um Rei imortal chamado Eloim. Mendaz um servo rebelde tenta roubar Kadosh o livro que é responsável por manter a paz do reino. Mendaz engana metade dos servos de Eloim, mas o Rei descobre seu plano, e Mendaz e seus cúmpl...
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Um "uau" escapou de suas bocas. Suas expressões eram de alívio e esperança; seus olhos pareciam captar cada detalhe daquele lugar. Atlas olhou para mim e sorriu, indicando que a missão foi cumprida, e retribuí seu sorriso.
Verônica e Clemente, acompanhados por dois homens altos, vieram em nossa direção com abraços, nos arrastando para casa.
- Fizemos um banquete para vocês - Verônica disse antes de abrir a porta para entrarmos.
Ao abrir a porta, deparamo-nos com uma mesa repleta de comida dos mais variados tipos à nossa frente, cadeiras acolchoadas e brancas tornavam o lugar confortável.
- Sintam-se à vontade - Clemente falou, apontando para as cadeiras com as duas mãos.
Todos nos acomodamos nas cadeiras macias e fizemos uma oração de agradecimento pela missão, que foi um verdadeiro milagre. Em seguida, devoramos a comida rapidamente. A refeição era constantemente elogiada, e Verônica e Clemente se orgulhavam do que tinham preparado.
- Vou tomar um banho, e depois vamos para a praça - disse a Atlas antes de levantar da mesa.
- Aqui tem praça? - perguntou.
- Tem, eu percebi enquanto estávamos vindo.
Ele me deu um beijo na bochecha, acelerando meu coração. Enquanto subia as escadas, ouvi cochichos como "Vocês estão namorando?" e "O que está rolando?". Deixei Atlas com a responsabilidade de responder a todas essas curiosidades, liguei o chuveiro, e a água descia pelo meu corpo, removendo toda a tensão e sujeira.
Ao terminar o banho, envolvi-me em um roupão que Verônica tinha deixado pendurado no gancho do banheiro. Dirigi-me ao meu quarto, onde encontrei vários vestidos no guarda-roupa, algo que não estava lá antes. Deduzi que era obra de minha sogra, e minhas bochechas coraram ao pensar nessa palavra "sogra". Como era bom ter uma!
Passei as mãos pelos vestidos e escolhi um que desenhava meu corpo, mas ao mesmo tempo não era apertado. Uma abertura na lateral da perna dava charme, junto com mangas um pouco bufantes. Todo vestido era na cor azul escuro, cheio de bolinhas minúsculas brancas.
Pensei no calçado, e ao olhar para o lado, parecia que Jesus já tinha providenciado minha sandália, linda e delicada. Não era um salto, mas combinava perfeitamente com o vestido. Duas tiras de brilho sobre meus pés, na cor prata, tornaram tudo harmônico.
Penteie meus cabelos e passei um perfume doce que estava em cima da cômoda. Desci com um sorriso gigante no rosto.
Ao descer o último degrau da escada, um cheiro de perfume amadeirado invadiu meu ser. Ao levantar os olhos, deparei-me com a imagem de Atlas, com os cabelos pretos perfeitamente penteados. Vestia uma camisa preta, calça da mesma cor com um cinto dourado no meio, e nos pés, um tênis branco básico.
Ao ver essa obra de arte na minha frente, as palavras decidiram não sair da minha boca; a palavra "lindo" não era o bastante para descrevê-lo. Meus olhos apenas o apreciavam.
Ele deu um sorriso de lado, veio em minha direção e acariciou meu rosto com delicadeza.
- Você não acha que estamos muito arrumados só para dar uma volta numa praça? - foi o que saiu da minha boca!
Ele soltou uma risadinha.
- Você está perfeita. Na verdade, essa palavra ainda é pouco para descrever sua beleza! - disse, sem tirar os olhos dos meus.
- E eu cheguei à conclusão de que nenhuma palavra é capaz de descrever a beleza que meus olhos estão contemplando, deixando-me totalmente sem palavras. Então, peço, meu amado, apenas leia e interprete meus olhos! - disse com o coração em chamas.
Sua boca ficou semiaberta, seus olhos eram de amor.
- Você... é a poeta mais encantadora e apaixonante que existe. Eu te amo!! És como uma coroa para minha cabeça - disse ele.
Retribuí com um abraço de amor e disse por cima do seu ombro "Eu te amo!"
[...]
Enquanto andávamos de mãos dadas pela praça charmosa, rodeada de flores coloridas, vários bancos de madeira e duas barraquinhas de comida, uma fila de crianças acompanhadas pelos pais se formava à frente delas.
Eu e Atlas nos sentamos num banco que nos proporcionava uma visão ampla e, ao mesmo tempo, era tranquilo.
Ficamos ali olhando um para o outro como bobos apaixonados.
- Sua mãe é uma mulher de fé! - afirmei, quebrando o silêncio e olhando para o horizonte.
- Por que você acha isso? - Atlas indagou.
- Porque, quando abri o guarda-roupa, havia vários vestidos! E na hora eu compreendi isso, pois ela encheu meu guarda-roupa mesmo sem saber se um dia eu voltaria para usar aqueles vestidos - levei meu olhar para ele novamente.
- Hebreus 11:1 diz "Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos" - falou Atlas.
- Uau! - aquilo era tão profundo.
Atlas dirigiu seus olhos para os meus.
- Eu amo ouvir você falar sobre as palavras que estão escritas em kadosh - disse.
- Só não te peço em casamento agora porque esse lugar não é muito paradisíaco - brincou.
- Há um tempo para tudo! - disse rindo da sua fala.
Ele permaneceu com um olhar fixo para mim, e de repente, levou seu rosto mais próximo do meu, de modo lento, enquanto seus olhos se dirigiam para minha boca, até que nossos lábios se tocaram em um encaixe perfeito. Sua mão apertou minha cintura, e a minha mão descansava em um de seus ombros. Aquele beijo parecia uma coreografia não ensaiada, mas inédita, bela e surpreendente, arrepiando os pelos do meu corpo.
Nossos lábios se desgrudaram como uma despedida não desejada.