𝓒𝓪𝓻𝓶𝓮𝓼𝓲𝓶... -Hidan.

Nosso Rosto

Preparei minhas coisas, pegando a minha foice e fazendo o menor barulho possível, já que estavam todos dormindo. 

–Onde vai?– perguntou o platinado.

—No banheiro…– disse o encarando.

–Vai no banheiro segurando uma foice e uma bolsa? Onde você vai?– se levantou.

—Preciso ir no meu antigo esconderijo, eu não vou fugir!– disse o encarando.

–Vou com você então, pra ter certeza– disse pondo o manto da Akatsuki.

Saimos do esconderijo e andamos até o meu antigo, dei as batidinhas que combinamos e Ryuk abriu a porta.

–Mãe!– Ryuk disse, me fazendo corar um pouco–Quero dizer… Sn!– se corrigiu com as bochechas coradas.

–Você tem um filho?– perguntou aparecendo, Ryuk se colocou em defesa pegando a Kunai.

—Está tudo bem, Ryuk. Ele está comigo– disse entrando acompanhada do mais alto– Aqui, trouxe algumas comidas e dinheiro pra você.– disse entregando o saco com dinheiro e pondo as comidas na geladeira.

–Então você entrou mesmo na Akatsuki? Por que não matou eles com os seus olhos?– perguntou enquanto comia.

—Quem veio me procurar foi ele–apontei pra Hidan–Ele é servo de Deus também, ou seja, imortal– disse levantando um lado da máscara e fazendo ele olhar nos meus olhos, mostrando para Ryuk que não surtia efeito.

–Nossa, que daora!– disse com os olhos brilhando.

—Esqueça isso, você tem que começar a treinar!– disse a ele que concordou com a cabeça – Vamos começar agora.

O garoto se levantou e Hidan se afastou, se sentando.

—Posição de ataque, põe a perna assim e os braços desse jeito.– disse ouvindo ele repetir os movimentos. Andei até ele movendo seu braço e abrindo um pouco as suas pernas–Assim!– disse–Vamos treinar o seu chute– mostrei lentamente, passo a passo alguns ataques com chutes e depois com socos–Chega! Por hoje é apenas isso. Ouço um barulho de pessoa mastigando–Espero que não esteja comendo os doces do Ryuk, Hidan.– os barulhos pararam.

–Quê? Claro que não! Eu nem gosto de doce!– disse, retirei um lado da venda ele com a boca suja de doce- Merda…

—Ryuk, vá dormir. Preciso voltar– disse acariciando seu cabelo.

–Você virá todas as noites?– perguntou abraçando minha cintura.

—Sim. Não importa o que aconteça…– acariciei novamente antes de me afastar e ir até o meu quarto, colocando algumas coisas minhas dentro da bolsa e saindo do quarto– Até amanhã, pequeno–disse fechando a porta e indo embora com Hidan.

–Ele é seu filho mesmo?– perguntou e eu neguei com a cabeça.

—Ele me pediu pra eu matar o pai dele que o abusava, como não tinha ninguém, peguei pra cuidar– disse andando.

–Você é bem gentil pra uma assassina sangue frio, eu teria deixado morrer ou eu mesmo ter matado– disse rindo.

–Eu não me importo com o que você faria ou deixa de fazer.– entramos no esconderijo, estava quase amanhecendo quando chegamos. Coloquei minhas coisas no quarto e desci novamente pra sala, enquanto Hidan se jogou na cama.

Fiquei sentada lá um bom tempo até as pessoas começarem a se levantar. Preparei um café e me servi, sentando na mesa.

–Bom dia, Sn!– disse Konan.

–Bom dia!– disse Deidara.

Logo os outros membros foram entrando e dando bom dia. 

–Sn, você e Sasori vão ao meu escritório quando acabarem de comer, tenho uma missão pra vocês. –disse– E quero saber que barulheira era aquela de madrugada no corredor,  Sn e Deidara.– nos encarou.

–Eu só quis que a Sn visse como era meu rosto, hum! O único rosto que ela viu foi o do Hidan, porque ele é imortal– Deidara disse.

–Até que isso é uma boa ideia, Pain– disse Konan–Deveríamos aproveitar que estamos todos reunidos agora e fazer! Não acho justo ela trabalhar com a gente e não saber como é os nossos rostos!– disse dando um motivo para Pain.

–Certo. Ela pode olhar pra gente contanto que não faça contato visual, certo?– assenti– Enquanto um fecha os olhos, os outros permanecem olhando pra ela!– ordenou.

–Tire a venda, Sn– Konan disse.

Retirei a venda, porém, permaneci com os olhos fechados.

–Vamos fazer uma brincadeirinha que a Snzinha tem que adivinhar quem é quem!– disse Tobi.

–Certo! Comece com a pessoa do seu lado!– Konan falou um tanto entusiasmada.

—Posso abrir?– perguntei e Konan respondeu que sim.

Era um garoto com cabelos vermelhos e uma aparência jovem, muito bonito, quando encostei em seu rosto, percebi que não era alguém totalmente humano.

—Sasori– disse ainda o olhando.

–Como soube?– Pain perguntou.

—Pela sua pele, não é totalmente humana– disse fechando os olhos. Fui para o próximo. 

Quando abri, vi um rosto metade tampado, seus olhos eram verdes. Encostei em seu rosto o analisando, podia ouvir mais de um batimento cardíaco, e o único que era conhecido por colecionar corações era…

—Kakuzu?– disse em forma de pergunta, o mesmo assentiu–Posso ouvir os batimentos dos seus cincos corações–fui para o próximo, era mulher e muito linda– Konan– encostei em seu rosto vendo o mesmo piercing que o meu. Logo fui para outro, ruivo e cheio de piercings no rosto– Hum… Esse tá difícil…Mas cheira a Konan, então é o Pain!– disse ouvindo a mesma soltar uma risadinha.

Fui para o próximo,  cabelo preto e longo, amarrado e franja dividida.

—Uchiha. Sinto cheiro dessa raça de longe!– disse o encarando com um certo desgosto. Fui para o próximo –Kisame! Senti o mesmo cheiro de peixe quando foram me buscar… Mas uau, é interessante a sua aparência, Kisame… Você tem dentinhos pontiagudos também?– perguntei vendo o mesmo sorrir, mostrando seus dentes. Fui para o último, um com máscara laranja– Você tem o mesmo cheiro que Itachi– o encarei– Tobi?

–Euzinho, Snzinha! E como assim, " o mesmo cheiro que o Itachi"?– perguntou.

Quando eu estava terminando de pôr à venda, num instante, pude ver o sharingan. Outro Uchiha?

Pensei que todos os Uchihas foram mortos por Itachi…Não pode ser Madara… Ele morreu…

Então quem é "Tobi"?

Mais tarde na sala de Pain com Sasori, passou as informações da missão. 

–Vocês vão na vila de Konoha pegar um pergaminho que está na sala do Hokage. Partirão amanhã às sete.– disse nos entregando, assim saindo da sala.

–Não se atrase, odeio atrasos.– disse. Às vezes Sasori me lembrava um senhor de oitenta anos…

Konoha, hum? Tenho péssimas lembranças. 

Continua…