BELLA

Cap. 8

NOAH

Desde que conheci aquele médico, ele nunca mais saiu da minha cabeça. Meu celular começou a tocar me tirando dos meus pensamentos.

- Alô?

- Oi Noah.

- Rodrigo? Como conseguiu meu número?

- Vasculhei o celular da Bella até encontrar seu número, não precisa me agradecer.

- Não, eu realmente não faria isso.

- Ta bom então.

- O que você quer Rodrigo?

- Te ver, eu quero te ver.

- Por que?

- Não vou falar por telefone, me encontre no endereço que vou te enviar por mensagem.

Rodrigo desligou e segundos depois recebi uma mensagem. Já estava quase no final do meu expediente, arrumei minhas coisas e sai da sala.

- Jennifer, caso Charles apareça, diga que eu já fui embora.

- Sim senhor.

Entrei no elevador e desci até o estacionamento. Durante o caminho decidi ligar para o Christopher.

- Noah, aconteceu alguma coisa? - Pergunta com uma voz de sono

- Não, estava dormindo?

- Acordei agora a pouco.

- Você disse que ia sair, onde você está?

- Vim ver a Bella, ela está bem gripada, ficamos conversando, ela dormiu e acabei dormindo também.

- E você está bem?

- Sim, não estou com dor.

- Que bom, caso você ir pra casa, eu vou demorar um pouquinho pra chegar tá, aí avisa os meninos.

- Aviso sim mano.

- Tá bom, tchau irmão.

- Tchau Noah.

Entrei na rua e parei em frente a uma casa muito bonita, estacionei e entrei apertando a campainha.

- Você chegou rápido - Disse Rodrigo abrindo a porta

- Minha empresa não fica tão longe daqui.

- Entra.

- Você não mora aqui né?

- Não, venho pra cá nos finais de semana com meu filho ou quando quero encontrar alguém, mas a casa é minha.

- Ela é muito bonita.

- Quer beber alguma coisa? Ou uma taça de vinho está bom?

- Estou dirigindo, uma água já está de bom tamanho.

- Vou pegar pra você, pode se sentar e ficar a vontade.

Me sentei no sofá e minhas mãos começaram a tremer, lembrei que eu estava sem comer o dia inteiro.

- Noah? Você está bem? Você comeu hoje?

- Sim, acho que vou pra casa tá, estou cansado.

Quando me levantei, senti minhas vistas escurecendo, dei um passo e desmaiei.

[...]

- Noah, acorda!

Acordei assustado, tentei me levantar. Tentei fugir mas ele me segurou.

- Para! Para Eduardo, PARA - Gritei chorando

- Noah, sou eu, olha pra mim, sou o Rodrigo.

Ele me abraçou e eu me agarrei a ele em busca de proteção.