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- Pai? - Me assustei ao vê-lo.

- Onde você estava? - Ele disse com a voz
calma, mas mesmo assim dava para ver
que ele estava puto da vida, em nenhum
momento ele tirou o jornal de seu rosto.

- E-eu... - Droga, não conseguia dizer nada.

- Fala, (Nome). - Ele gritou, atirando o
jornal longe e vindo em minha direção. Bianca riu. - Você não vai me dizer onde você estava? - Ele perguntava me olhando com certa fúria, chegava a ser doloroso.

- Eu estava.... - Pensei. - Na casa de Maki. - Menti legal, ou será que eu deveria dizer que eu estava me envolvendo com um gangster inconsequente e eu estava na casa dele? Não, esquece.

- Ah, na casa de Maki? - Ele disse ainda
desconfiado.

- Óbvio que ela está mentindo, amor. - Bianca se pronunciou.

- Cala a boca, vadia. Volta para a sua
esquina! - Gritei.

- Olha o respeito, (Nome). - Meu pai me
repreendeu. - As vezes eu acho que eu fiz
algo errado em relação à sua criação. - Ele
disse respirando fundo e aquilo me doeu. - Mas enfim, ligue para Maki, quero ver se é
verdade.

Droga, fodeu a porra toda.

Maki não estava falando comigo, não sei se ela iria me acobertar, não sei nem se ela iria me atender.

Peguei meu celular com as mãos super
trêmulas, eu estava mais do que fodida, Gojo nem precisaria se dar o trabalho de
me matar, meu pai já faria isso. Ele não tirava os olhos de mim em nenhum momento, apenas esperando eu fazer a tal
ligação.

Liguei, chamou. Mas só chamava mesmo, ela não me atendia.

- Atendeu? - Ele perguntou.

- Você ouviu algum "alô" ? - O cortei e liguei novamente, e ela não atendia, liguei
mais uma vez e nada. Amém, Senhor.

- Pai, ela deve estar dormindo. Dê um tempo, por favor. - Senti um alívio me percorrer.
- Ligue de novo. - Bianca disse, incrível como ela só queria ferrar com a minha vida.

- Não se meta, mas que droga mesmo. - Disse irritada com tudo.

- Ok, (Nome)... - Meu pai falou. - Eu vou dormir, estou super cansado, mas amanhã é outro dia. - Aquilo soou como uma ameaça.

Deitei em minha cama perdida em
pensamentos bons e ruins, eu estava exausta, então adormeci.

Mais um dia que eu não estava nem um
pouco a fim de enfrentar. Levantei-me quase caindo de tanto sono, e o pior era que aquela escola era turno integral, eu não merecia tudo isso.

Fiz minha higiene, vesti-me, peguei minhas
coisas as quais eu lembrei que eu havia
deixado em algum lugar da sala no terrível
dia anterior. Peguei uma maçã de leve na cozinha, pois eu não havia tempo e nem pique para um café da manhã reforçado.

Logo lembrei-me que meu carro não estava na garagem, estava com Gojo. Merda, será que meu pai havia visto? Claro que havia, até porque ele sempre saía antes de mim, seria mais outra coisa da qual ele me cobraria à noite. Eu desejava não voltar.

Mas agora a questão era: Como eu iria para a porcaria da escola? Eu só me fodo nessa vida, era impressionante isso, eu poderia ser uma adolescente normal, mas não, parecia que isso não era possível.

Depois que eu conheci Gojo tudo virou do
avesso, tudo mesmo.

A escola era longe, realmente longe, só de
carro dava uns 30 minutos, imagina se eu
pegasse um ônibus, chegaria lá em minha
formatura.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐕𝐄 - s, gojoOnde histórias criam vida. Descubra agora