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Cheguei em casa e tive uma grande surpresa ao ver meu pai sentado na poltrona me esperando, ele abriu um sorriso assim que me viu entrar. Joguei minha bolsa no chão e fui correndo para seu colo.

- Pai! - Falei quase aos prantos. - Senti sua
falta. - Engoli o choro.

- Também senti sua falta, minha filha. - Ele
disse me dando um beijo na testa. - Muito,
muito.

- Vai dormir em casa hoje? - Perguntei
esperançosa.

- Bom, se o dever não me chamar, eu vou
sim. - Ele disse eu pude ver certo cansaço físico em seus olhos.

- Então tomara que o dever não lhe chame,
pois o senhor está podre.

- O que? Eu estou cheirando mal? - Ele disse se cheirando e eu ri.

- Não, podre no sentido de cansado, Sr
Robert. - Falei ainda rindo.

- Ah, eu esqueço que minha filha é uma
adolescente. - Rimos.

- Já sei! - Falei saindo de seu aconchegante
colo. - Vou fazer aquela pizza que o senhor
tanto adora, receita da mamãe. - Falei e ele
assentiu.

- Por isso que e ótimo estar em casa. - Meu
cansado pai disse sorridente, ele realmente
fazia falta.

- E depois o senhor vai descansar.

- Repito: Por isso que é ótimo estar em casa. Rimos e eu lavei minhas mãos e fui para a cozinha preparar a tal pizza, ela tinha um molho especial que só minha mãe - e eu, pois eu procurei aprender - sabia fazer. Claro que eu não fazia tão bem quanto ela, mas enfim...

Depois de algum tempinho a pizza ficou
pronta, levei até a mesa e eu e meu pai
sentamos para comer.

- (Nome)... - Meu pai me chamou.

- Sim? - Disse levando o garfo a boca.

- Onde está Bianca? Liguei para ela hoje e ela disse que estava em casa.

- Não sei... - Disse de boca cheia e meu pai
me repreendeu com o olhar.

A verdade era que Bianca não voltou para a
casa desde o dia anterior quando ela saíra.

- Ela não está cuidando de você? - Ele perguntou semicerrando os olhos. - Ela me
disse que esses dias vocês até saíram para
almoçar juntas. - Não me contive e dei uma
gargalhada.

- Sério que ela disse isso? Pensei que o
senhor fosse mais inteligente, pai.

- Olha o respeito, (Nome)...

- Ok, desculpa. Mas pensa bem, ela vive me
difamando para você e eu vivo difamando
ela. Nós somos praticamente cão e gato, aí
do nada nós íamos estar almoçando juntas? Ah e sem contar, que no horário do almoço eu estou na escola, lembra? Eu almoço lá. E nos fins de semana ela não fica em casa. Abri o jogo. Os olhos de meu pai se perderam, fazendo eu me arrepender de ter dito tudo aquilo. - Desculpa, eu não queria...

- Não, tudo bem... - Ele disse. Comemos
em silêncio por algum tempo até que eu tive coragem de falar algo novamente:

- Aquela mulher não te merece, pai. Ela
é uma interesseira, só quer seu dinheiro.
Sem contar que ela é totalmente vulgar, não combina nada com você. Será que ela é uma ex prostituta? Tenho minhas dúvidas.

- (Nome), controle mais sua língua. - Ele
disse. - E Bianca tem seus defeitos, mas ela não é interesseira, eu a conheço.

- Não, você acha que a conhece. Abra os
olhos, pai. Por favor, é só isso que eu te peço. - Implorei e nosso assunto acabou ali.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐕𝐄 - s, gojoOnde histórias criam vida. Descubra agora