17. FINS E COMEÇOS

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Pov: Shirley
Zé bonitinho me explicou a situação toda, a Camilinha foi esfaqueada e parece q o beiçola tem um informante entre nós, porra, só problemas, mais e mais problemas, puta merda, as vezes eu queria ser só uma mulher normal q trabalha em um mercado ou em um escritório, puta q pariu

Tive q fazer uma ligação, pra transferirem a Camilinha pra algum hospital do Brasil perto daqui, quero vigiar ela de perto, não posso mais correr o risco de perder uma delas, seja qual for por agr.

Sentei na cadeira do meu escritório, estava sozinha, chovia um pouco lá fora, não posso beber de novo, já deu muita merda da última vez. Peguei um copo de água com um pouquinho de açúcar pra relaxar, fiquei olhando um pouco da vista do meu escritório, até meu celular vibrar no meu bolso, era uma mensagem, mensagem do Gargamel, ele queria me ver, sla, eu e ele temos uma história complicada, idas e voltas, nós machucamos muito nessa história, mas ele faz gostoso.

Mandei mensagem falando q ele poderia vim, precisava relaxar um pouco sem comer ou dar pra alguma amiga minha, pelo menos com ele eu posso.

Pov: Zé bonitinho
Infelizmente não posso ficar com a Camilinha no hospital, queria ficar, mas tenho q resolver algumas pendências com um cliente, enfim, tive q começar a trabalhar na PM, meu primeiro dia, tenho q me fazer de inocente, acho q a Janaína vai gostar da surpresinha.

Cheguei no local, e os seus comandantes e seus cabos já estavam definidos, eu estava com mona Janaína, amei, até me atrasei pra ela ficar puta, eu estava atrás dela e ela nem percebeu
- tenente Bololo, onde meu cabo tá? Não chegou até agr, eu tenho ódio disso, ódio de atrasos, já vou fazer a vida dele uma merda aq
- calma tenente Janaína, seu cabo estar atrás de vc
Ela se virou assustada até me ver
- Zé bonit....
Eu tive q interromper ela, ninguém pode saber meu nome verdadeiro, Deus me livre levar um tiro do nada aq
- Carlão, tenente Janaína
- Carlão?
- algum problema tenente?
- nenhum
O capitão da PM estava passando instruções pra gente, tanto pra quem manda tanto pra quem obedece, Janaína estava sem paciência hj, não sei pq, Shirley não deve ter comido ela direito na noite anterior.

Dps q o capitão terminou o discurso dele, ele dispensou a gente pro treino q o superior q estava responsável pela gente quisesse, aiai, Janaína vai é me matar hj. Ela me levou pra um campo de tiro q só tinha nós duas
- oq vc tá fazendo aq?
- não sei...
- fala logo "Carlão"
Ela fez o sinal das aspas com a mão, ironizando meu lindo nome inventado
- Moss, vc não precisa saber não, mão te deve explicações da minha vida não
- beleza então, Zé bonitinho, ou seria melhor chamar, Carlão?
- seria mesmo

Passamos a porra da manhã e da tarde treinando, essa rapariga fez questão de descontar a raiva em mim, q ódio
- acabamos por aq, até a manhã " Carlão"
- o sua rapariga, não é pq a porra do seu macho tem mulher, q é motivo pra vc ficar batendo nos outros
- não tô te batendo pq eu tô com raiva, pq é o treino
- quer mentir pra mentiroso? Rapariga
- fica na sua, Zé bonitinho
Deixei ela de mão, a bixa tá só o cavalo hj, nam.

Fui pra casa, tomei um banho e tive q resolver uns negócios fora

Pov: Janaína
Carlão, Carlão, Carlão é a minha pica, não sei q porra ela tá tentando fazer, mas se ela estragar nosso esquema, eu mato ela, porra de JP, JP é a minha buceta, eu com raiva? Eu não tô com raiva...
Sentei no banco do meu carro e comecei a pensar sobre a vida, o homem com quem eu me relacionei metade da minha vida, era casado e nunca me falou, mentiu pra mim e me usou por anos, como eu não desconfiei?? Eu sou muito idiota, transei com a minha amiga q puta q pariu, nunca pensei q isso iria acontecer, nem alcoolizada, estão tentando matar eu e minhas amigas, caralho... eu só queria minha mãe aq comigo...

Pov: Camilinha
Acordei, estava no hospital, do oclin tava do meu lado conversando com alguém no telefone, meu abdômen estava doendo um pouco, aquele desgraçado do beiçola, vou matar ele, só tiro na cabeça dele, arrombado
- do oclin
Minha voz saiu um pouco fraca
- Camilinha, ainda bem q vc acordou, eu não podia te perder
Do oclin começou a chorar
- Zé bonitinho, Camilinha acordou
Eu consegui escutar Zé bonitinho gritando de felicidade, mas logo a do oclin se despediu dela e desligou o telefone, eu fiquei curiosa
- oq Zé bonitinho foi fazer?? Ela geralmente não faz nada da vida kakakakakaaka
Do oclin riu e me respondeu
- um tal de um jantar com uma garota aí, deve ser um jantar romântico
Ela fez uma cara muito engraçada
- KAKAKAKAKAKAKAKAK com certeza, quero notícias dela hein
- pode deixar
Eu passei um tempinho fofocando com a do oclin até o médico vim conversar sobre o meu estado.

Ele disse q eu ficaria bem, a recuperação vai de 3 a 4 semanas, ainda bem, não aguento mais ficar nessa cama essa tanto de tempo

Pov: Shirley
Gargamel me levou em um bar do morro, o mesmo em q a gente se conheceu, tenho muitas lembranças aq, o pedido de namoro, reconciliações, muitas coisas, a gente já não deu certo várias vezes, não foi uma, não foi duas nem três, foram várias, não vai ser agr q vai dar, queria beber um pouco com ele, talvez até ir pra cama com ele, mas eu já sabia q seria uma despedida, até pq a gente não dá mais certo juntos.

Sentei em uma cadeira do bar, e ele sentou ao meu lado, notei q ele ficou um tempo quieto apenas olhando pra mim, os olhinhos  dele brilhavam
- vc tá linda hj
Ele puxou meu rosto delicadamente fazendo eu olhar diretamente nos olhos dele, ele tinha um sorriso no rosto, mas não era um sorriso apaixonado ou malicioso, era um sorriso com melancolia e paixão ao mesmo tempo, foi confuso
- Shirley, Shirley, vc quer terminar né?
Ele soltou uma risadinha pra quebrar o clima pesado
- Gargamel...
- não precisa falar nada, tudo bem. Lembra de quando a gente tinha 16 anos e conversamos sobre o término? A gente combinou de terminar nesse mesmo bar q a gente se conheceu, em todos os nossos outros términos, a gente nunca terminou aq, apenas recomeçava, não vou pedir desculpas, foi gostoso, isso vc tem q admitir- ele deu uma risada fraca, estava com um semblante triste no rosto.

Ele me deu um selinho, eu estava chorando já, ele se afastou só um pouquinho, mas nós ainda estávamos com os rostos colados
- desculpa...
Falei entre lágrimas
- foi bom poder ter essa oportunidade de ser seu namorado
Ele se levantou da messa e foi embora me deixando sozinha no mesmo bar q a gente começou a nossa história de amor...

Pov: Zé bonitinho
Menina lerda da porra, do aq na frente do restaurante a tempos e ela não chega, nam, saí fora, mandei um monte de mensagem e ela não vê, q caraí.

Esperei mais 10 minutos até eu ver ela virando a esquina de carro, o carro dela era uma Mercedes, a das mais caras, não sei pra q, um Fiat faz a mesma coisa q ele, ela estava com um motorista, eita, muito rica ela. Ela desceu do carro, estava usando um vestido preto colado pra porra no corpo dela, um salto da finura de um palito e um batom vermelho q inconsequente, faz a atenção de muita gente ir para a boca dela
- oi amor
- minha pica pra vc, porra de amor, nem gosto de tu
- nem eu de vc, mas infelizmente tenho q fingir q eu gosto, bom vc fazer o mesmo, não quero perder a classe na frente do meus colegas ricos
- eo foda-se? Ninguém liga
- vamo logo, Zé bonitinho, se não vou pegar a paciência com vc, cadela
Eu só concordei com ela e a gente entrou no restaurante, o negócio caro da porra, ainda bem q eu não vou pagar nada
- peça oq vc quiser, eu pago
- vou quer só uma água mesmo
Ela fez os pedidos com o garçom, dps q ele saiu, eu comecei logo a conversa a qual a gente venho conversar
- tenho informações q vão te interessar muito, mas quero algo em troca, algo q vc sabe até demais
- isso?
Ela retocava o batom dela em um espelho de mão dela
- Deus me livre, quero dormir de noite
- vai tomar no seu cu
A gente começou a rir muito
- tu é idiota né, Zé bonitinho
- tu q é, Amarelinha
Ela começou até uma crise de riso da braba
- vem cá
Ela me chamou pro banheiro estendendo a mão dela para mim

Continua...

SHIRLEY, A DONA DO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora