Capítulo 10

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A noite caiu fria, junto a ela chegou a hora que eu deveria ir na detenção. Eu não sei qual o horário, ele só me falou que eu devo ir em sua sala a noite... Pensando bem, isso seria tão estranho se fosse lá na minha escola no Brasil... Um professor, pedindo para uma aluna ir na sala dele a noite... Mas de qualquer forma, eu sei das intenções dele para mim, e as minhas intenções são as mesmas para ele: quero ferrar com ele. Tanto quanto ele quer me ferrar também.

Enfim, troquei de roupa e fui direto para lá. Eu até tava pensando em não ir, mas não quero pagar para ver o que acontece caso eu não for.

Por sorte eu me lembrei da passagem que o Draco tinha me mostrado, então fui direto a ela para chegar mais cedo na sala dele. Acho que quanto mais rápido começar, mais rápido vai acabar.

Acabou que eu também me encontrei com o Malfoy, mas ele só me lançou um olhar de compaixão junto com um "boa sorte".

Não sei se vai ser tão ruim quanto as pessoas falam, tipo, é só limpar uns caldeirões, não?

Eu me perdi em meus pensamentos e só percebi onde estava quando, sem nem pensar, eu já havia batido na porta da sala dele. Um frio percorreu meu estômago.

A porta rangiu se abrindo, revelando o homem de preto atrás dela

—Atrasada, srta. Potter. Quer prolongar ainda mais sua detenção?

—Ué Severus-

—Professor.

—Enfim, você não me falou que horas eu tinha que estar aqui. Só falou que era de noite. Se eu quisesse eu poderia entrar três horas da manhã que eu ainda estaria na razão.

—Cale logo a boca e vai trabalhar. Não quero ouvir sua voz. — ele fala e logo aponta para um monte de caldeirões em cima da mesa

—Não quer ouvir minha voz, Snape? Ótimo! Vou falar o tempo inteiro! — tento o irritar e passo por ele pela porta, indo para dentro da sala

Mas, eu não entro. Sinto um puxão no meu braço

De novo isso?

—Não me venha com essa. Nem pense em ficar me atazanando. E eu ainda não te deixei entrar na sala. Ou deixei?

Eu fico calada

—Sua sorte é que eu estou cansado e não quero ver sua cara por muito tempo aqui, então você não vai fazer muia coisa. — ele me da as costas e vai andando enquanto fala

—Mas e aí? É só eu limpar os caldeirões e pronto?

—Você é burra ou o quê?

—Você é idiota ou se faz? Eu só quero saber se é só limpar os caldeirões

—Eu acabei de falar que você não vai ter muito trabalho. Pelo visto não sabe interpretar as coisas. — ele se calou e eu também. Sinceramente eu ainda não sei se é só para limpar os caldeirões ou algo a mais, ele sempre quer passar esse ar de mistério que deixa brechas para outras interpretações — É claro que é só os caldeirões. Você está esperando o que? Comece logo.

Acho meio estranho as pessoas acharem tão ruim limpar os caldeirões. É so limpar.

Eu logo saco minha varinha e começo a falar um feitiço, quando a varinha se solta da minha mão voando para um canto aleatório da sala

—EI! Minha varinha!

—Sem magia.

Eu olho para o lado e vejo umas esponjas e uns bombril junto com algumas poções, que provavelmente são tipo produtos de limpeza

A Potter Esquecida - A História Não ContadaOnde histórias criam vida. Descubra agora