No dia seguinte pela manhã, Steve ficou pensando em como diria a Natasha que envolveu seus filhos naquela mentira. Tudo o que pensava, chegava à conclusão que, de um jeito ou de outro, a sua assistente o iria matar no fim. Talvez estivesse na hora de ligar para a sua advogada e pedir para arrumar seu testamento.
Natasha era, na maior parte das vezes, uma pessoa doce e bastante compreensível. Steve adorava o jeito como ela conseguia resolver as coisas sem muitas complicações. Às vezes, até achava que não havia um problema que ela não fosse capaz de resolver. Só que morria de medo dela, principalmente quando ela arqueava as sobrancelhas e fechava a cara. Já estava sofrendo por antecipação só por saber que seria olhado daquela forma.
Não deveria ter esse medo ou se sentir intimidado por ela sendo que a conhecia há muitos anos e muito bem, só que era inevitável. Estar sob a mira daqueles olhos verdes podia ser muito bom. Podia te fazer se sentir único. Mas, tinha certeza que não era esse olhar que receberia.
Sabendo que precisava fazer alguma coisa sobre o assunto que martelava em sua cabeça desde a noite anterior, Steve pegou seu carro e foi em direção a casa de Natasha. Muito provavelmente iria sair de lá direto para o cemitério, mas precisava da ajuda dela — mais uma vez.
Estacionando em frente a casa de sua assistente minutos depois, respirou fundo algumas vezes e então decidiu sair do carro. Ao chegar na porta, tocou a campainha apenas uma vez, pois não queria estressar Natasha logo de primeira.
— Steve?
— Senhora Romanoff — sorriu um pouco sem jeito. — Há quanto tempo.
— Muito tempo mesmo — o abraçou sem ele esperar. — Venha. Entre. E, por favor, só me chame de Melina.
Apenas uma vez Steve e Melina e se encontraram. O loiro nem lembrava bem como tinha acontecido, mas gostou daquela senhora.
— A Natasha está? — se sentou no sofá e Melina na poltrona a sua frente.
— Ela saiu faz pouco tempo. Disse que ia almoçar com alguém e me pediu para ficar com as crianças.
— Almoçar com alguém? — perguntou com curiosidade o suficiente para Melina notar.
— Algum problema por ela ter saído? — arqueou as sobrancelhas do mesmo jeito que Natasha fazia.
— Não — sua voz saiu aguda. — Não há problema, não.
— Sua cara diz outra coisa.
— É que... eu ia convidar ela para dar uma volta com as crianças.
— Chegou um pouquinho tarde.
Deu um sorriso que Steve não entendeu o significado.
Steve assentiu lentamente se perguntando com quem Natasha poderia ter ido almoçar. Era domingo e domingo era o dia em que ela dizia que gostava de ficar com os filhos. Aparentemente, também gostava de sair sem eles.Ao notar seus pensamentos, Steve se policiou. Não deveria se incomodar com isso. Natasha tinha todo direito de sair com quem quisesse e sair sem filhos. Ela era mãe, uma ótima mãe por sinal, mas acima disso tudo ela era uma mulher.
Fácil, sua cabeça já tinha entendido isso, mas porque ainda estava incomodado?
— Eu posso levar as crianças pra dar uma volta? Se não for atrapalhar alguma coisa, claro.
— Se elas quiserem, não vejo problema algum.
Entre os segundos que se incomodou por Natasha ter ido almoçar com alguém e a pergunta que fez a Melina, Steve havia tido uma ideia.
Para que Sharon acreditasse nele, teria que dar um jeito de convencer Natasha. Quem sabe, se começasse fazendo um acordo com as crianças a assistente não o diria não. Dizem que se conquista a mãe pelos filhos, então iria tentar.
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Fake Wife | #𝑆𝑁𝐹𝑃
FanfictionInfeliz em sua tentativa de casamento quando era jovem, Steve passa a vivenciar relacionamentos sem compromisso para driblar a carência. Assim, ele toca sua vida como cirurgião plástico bem sucedido, tendo sua melhor amiga Natasha, mãe solo de um ca...