Em um dos consultórios de WashingtonDC, Natasha estava terminando de arrumar tudo para poder receber os primeiros pacientes do Dr. Steve Rogers.
Sua rotina durante a semana era sempre a mesma. Acordava cedo, arrumava o café da manhã para os filhos, os levava para a escola e de lá iria trabalhar. O resto do dia, as crianças ficavam com a babá, e Natasha os via novamente quando retornava para casa bem no finalzinho da tarde. Aos fins de semana, tentava aproveitar o dia ao lado deles.
Assim que terminou de arrumar os prontuários em suas mesas, viu Peter — um dos empregados de uma das empresas que forneciam materiais ao consultório — entrar na sala de espera puxando um carrinho com algumas caixas empilhadas. Quando havia entrega de alguma coisa, sempre eram feitas meia hora antes do expediente começar. Peter nem batia mais na porta para anunciar a sua entrada, pois já estava acostumado a aparecer por ali quase toda semana.
— Bom dia, senhorita Romanoff!
— Olá, Peter! — o olhou com um pequeno sorriso. — O que temos aqui hoje?
O rapaz de vinte a entregou uma das caixas para que pudesse verificar os produtos.
Toda vez que havia entrega, ainda que outras pessoas trabalhassem naquele local, Natasha verificava tudo para saber se estava de acordo com o que Steve havia pedido. Não dava para correr o risco de pegar algum material na hora da cirurgia e não ser o que era esperado. Aquela nem era a sua função, mas fazia por saber como seu chefe quase entreva em parafuso quando algo dava errado. Então se podia evitar de ver o loiro ficar reclamando ao telefone pela encomenda errada, ela evitava.
Abrindo a caixa, a assistente do Dr. Rogers franziu o cenho. Definitivamente, aquilo não era o que havia sido pedido. Nem de longe um produto daquele material era usado naquele consultório. Tudo era sempre de primeira para satisfazer os clientes, mas aquilo na caixa nem poderia ser chamado de segunda.
— O que é isso? — perguntou pegando o que deveria ser uma prótese de silicone para os seios.
— Peitos em saquinhos — se aproximou olhando para a prótese na mão da ruiva. — As mulheres colocam nos moranguinhos, para virarem melões.
A vontade de rir daquela explicação era grande. Peter tinha uma imaginação extraordinária. O jovem costumava ser muito aleatório quando tentava dar certas explicações. Geralmente, Steve que gostava de ouvir para cair no riso.
— Não foram — balançou a prótese — esses peitos que eu pedi. O que que é isso? Parece um balão cheio de mel.
— É o que estava no pedido — olhou para a prancheta em sua mão verificando.
— De jeito nenhum eu pedi isso. Esses — balançou novamente a prótese — não são iguais a esse — colocou a mão no seu próprio seio.
Peter colocou a prancheta de lado e levou a mão até a prótese para apertar.
— E-eu... — estava com a outra mão indo encontro ao seio da ruiva.
— Pare! Abusado — deu um tapa na mão dele. — Não fiz essa comparação para você me tocar.
— Me desculpe, senhorita Romanoff — fez uma cara de arrependimento. — Eu só queria aprender a diferença.
Esse era Peter. O jovem entregador que possuía um ligeiro sotaque e costumava falar e agir de forma estranha a maioria das vezes.
— O doutor Rogers não vai aceitar isso aqui — guardou a prótese na caixa e a entregou ao rapaz. — Leve isso e traz exatamente o que eu pedi. E fala para a Pepper que vou querer desconto pelo descaso. Se vier errado de novo, eu vou trocar de fornecedor.
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Fake Wife | #𝑆𝑁𝐹𝑃
FanficInfeliz em sua tentativa de casamento quando era jovem, Steve passa a vivenciar relacionamentos sem compromisso para driblar a carência. Assim, ele toca sua vida como cirurgião plástico bem sucedido, tendo sua melhor amiga Natasha, mãe solo de um ca...