XXVI

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— Nós temos que conversar

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— Nós temos que conversar. — Irene começou, quando encontrou Satoru.

Ele estava mexendo no celular, e abaixou o olhar para a encarar, ele deu um sorriso, mesmo que a outra estivesse seria.

— Oh, será que nossa Irene-chan finalmente veio pedir conselhos amorosos?! Não se preocupe~ Aí! — Ele resmungou de dor, quando sentiu um chute na perna. — Por que isso?!

— Você mentiu para mim, Gojo.

Foi nesse momento que Satoru percebeu a gravidade da situação. Ele suspirou antes de teletransportar ambos para um local mais adequado. Irene continuou olhando para ele, com os braços cruzados já acostumada com a sensação estranhar de sair de um lugar e aparecer em outro.

— Nao que eu tenha mentido...eu omiti um fato. — Ele começou, se sentando na cama da garota.

— Yuuji estava vivo todo esse tempo? — Vendo ele assentir, Irene resmungou um palavrão antes de continuar. — Então naquele dia...ele já estava... — Ele assentiu novamente.

— E você estava tratando na maior casualidade porque você sabia que ele estava vivo? — Ele assentiu.

Deuses, o que eu fiz para merecer isso? Depois de todo esse tempo...

— Por que você fez isso? — Sua voz falhou.

Irene não sabia o que sentir nesse momento, ela odiava com todas as forças mentiras e a pessoa que ela mais confiava mentiu para ela na cara dura.

— Eu precisava proteger Itadori, os superiores o queriam morto, mesmo que eu confie em você eu não podia deixar algo assim escapar

— Gojo, eu sei guardar segredo. Qual o sentido disso?!

— Irene, você não está entendendo.

Gojo suspirou, ele não tira a razão dela, mas poderia algo ter sido diferente? Ela não precisaria estar agora quase chorando.

Mas o problema é que ela era muito apegada a sua única figura familiar.

E isso não é bom.

— É claro que eu estou entendendo! — Irene sentiu seus olhos marejarem. — Era a vida de Yuuji em jogo...mas...

Por que no final...todos mentem? Gojo, meus pais, minha avó...por que todos vocês tem que mentir? Eu sou tão criança assim?

— Eu só faço o que é bom para meus alunos, manter Itadori "morto" seria bom para todos. — Ele começou, quando Irene parou de falar. O único barulho do quarto era os soluços dela. — E seria perigoso para vocês, se algo confidencial saísse. Irene, você pode me odiar mas se eu tenho que fazer algo para manter meus alunos vivos e protegidos, eu farei. Mesmo que custe a minha vida.

— Saia do meu quarto. — Ela criou forças para falar. Seus punhos fechados enquanto ela olhava para o chão. — Por favor.

Sabendo que seria inútil ele discutir com ela, Satoru se levantou, indo em direção à porta. E antes de sair do quarto ele escutou:

Trust「Fushiguro Megumi」Onde histórias criam vida. Descubra agora