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Talvez eu tenha piorado um pouco mais minha situação. E percebi isso no momento que acordei em cima do sofá da sala de descanso dos funcionários, com minha mãe bem na minhe frente me encarando de braços cruzados, sentada em uma cadeira.
— Os enfermeiros disseram que você foi um tanto agressiva lá em cima. - Ela começou, me olhando com um olhar feroz. - Como planeja me explicar isso?
— Só um segundo, acabei de acordar. - Tonta me forcei a sentar no sofá, sentindo meu braço direito doendo por causa da picada do sedativo. E só depois de suspirar e deixar minha visão melhorar que comecei a me explicar. - Bem, eu... posso ou não ter tido um ataque lá.
— Um ataque? - Minha mãe pareceu acreditar em mim, vi expressões de preocupação em sua feição por alguns segundos, mas depois ela voltou a ficar séria. - Sabe que isso só vai piorar sua situação a partir de agora, neh? Eles vão voltar a te vigiar.
— Sei. - Suspirei de novo, Diana deve estar decepcionada pelo que fiz, afinal foi ela que conseguiu aliviar minha barra. - Me desculpa, eu só, eu não.. - Minha voz ficou presa na garganta, o arrependimento e o constrangimento do que fiz vindo de uma vez só. -... eu não pensei direito.
Pensei que esse seria o momento da maior bronca da minha vida, afinal esse é o lugar de trabalho dela e o que faço aqui pode não só afetar ela mas a mim também, afinal é graças ao seu emprego que podemos ter certo luxo em casa. Mas ao invés disso eu só a ouvir suspirar, fazendo com que minhas tenções diminuíssem um pouco.
— Tome cuidado, Luana. - Seu tom de voz soou suave e acolhedor, apesar do aviso sério e discreto na sua voz. - Sei que você quer vê-lo mais que tudo, mas precisa se controlar. Precisa ser paciente.
Eu queria protestar.
Queria gritar que isso não está certo, que já esperei demais.
Mas ela está certa.
Meus lábios se apertaram para conter minha rebeldia, eu não queria discutir com minha mãe por causa de um desejo egoísta.
— Me... Me desculpa. - Desculpa por surtar, por me importar demais, por jogar fora a ajuda de Diana, e principalmente me desculpa por te dar tanto trabalho.
Ouvi minha mãe suspirar.
— Tudo bem, o importante é que você está bem.
Sim, eu estou aguentando bem apesar de tudo.
Minha mãe se levantou e eu levantei junto dela, porém sentir meu corpo pesar sobre minhas pernas, fazendo eu voltar a me sentar. Entendi na hora que era por causa do sedativo, diante minha situação fraca vi minha mãe caminhar até a porta com cara de tacho
