Eu finalmente abri meus olhos, e pude ver a sala ao redor onde eu estava. Ela não era nem um pouco familiar, foi como se eu tivesse me teleportado do local onde eu havia desmaiado, mas com certeza não foi isso, afinal seria impossível. Acredito que alguém tenha me levado até aqui, mas quem?
A sala era grande, e todo o seu vasto espaço era preenchido por uma densa névoa escura. Todas as luzes estavam desligadas, o que impedia-me de ver com detalhes os arredores. Um cheiro familiar tomou conta da minha mente, ele era bem sutil como uma brisa de inverno, era o gás de papoula, mas de onde ele estava vindo?
Minha cabeça e o meu corpo estavam bem, como se eu não tivesse despencado de alguns metros a minutos atrás, a sensação era a mesma de quando este mesmo gás curou meus ferimentos no momento em que eu libertei aquela boneca...
Ainda estirado ao chão eu comecei a sentir sua textura, era algo diferente de todos os pisos da fábrica. Cambaleei para a esquerda, agora meu ombro estava sustentando todo o peso do meu corpo, e meus olhos podiam ver o que se estendia a frente. Era areia, o piso daquela sala era de uma areia fina e macia como de uma praia, a única diferença que as separavam é que esta em específica está limpa, sem nenhum tipo de lixo.
A névoa dissipava-se a medida em que minha mente voltava ao normal. A diante, percebi que estava cercado por imensas paredes coloridas, a sala era octogonal, e suas paredes esboçavam a coloração azul e verde como predominantes. Eram ilustrações, grafismos extensos do piso ao teto, exibiam prédios de uma forma bem simples, apenas retângulos longos como torres, e suas janelas vazias preenchidas pela cor ao fundo, para ser mais direto, um tom de azul.
Em uma das paredes um grande desenho do outrora adorável Huggy Wuggy, ele estava com um chapéu de operário, um largo sorriso e carregava duas grandes maletas cinzas em suas mãos, junto de seus braços extremamente largos e abertos, como se ele estivesse fazendo bastante esforço para carrega-las.
Em todas as paredes haviam tubos que entravam-as, eles eram grandes e sua parte de saída era bem visível, voltada para o interior do lugar, como se algo saísse deles e entrasse aqui.
Ainda ao chão, eu conseguia sentir o grabpack preso as minhas costas, ele era pesado e isso era um dos fatores que dificultava a simples ação de me levantar, mas felizmente consegui realiza-la.
A única saída daquele local, uma grande porta metálica, estava trancada como esperado, então mais uma vez me vi preso dentro daquele local, o que não é grandes coisas, estou acostumado a estar neste tipo de situação desde que cheguei aqui.
Sem muitas opções, comecei a caminhar sobre a densa areia daquele local infantil e fui em direção aos tubos em busca de uma saída. Um grande cilindro amarelo estava em minha frente, como a saída de um esgoto, ele entrava dentro da parede levando a algum lugar. Estava difícil ver o que tinha em seu interior, era bem escuro. Aproximei o meu rosto ainda tentando enxergar algo mas as sombras se acumulavam de uma forma que pareciam ser sólidas.
Lá no fundo do duto, eu comecei a escutar um som, era como um grunhido, mas também assemelhava-se a um ranger de dentes bem afiados. Era um som tão fraco que era quase inaudível, o que me fez questionar se era real ou não. Era como se aquela coisa, o que quer que estivesse fazendo esse som estivesse tentando sair de dentro do tubo, tentando vir até mim, o que se comprovou mais real a medida que o som aumentava gradativamente.
Algo estava lá dentro, alguém ou uma criatura, o que quer que fosse rastejava-se fazendo o máximo de silêncio possível, mas seus dentes tremiam de uma forma tão desconfortante, como um animal que não via comida a anos, ou como um ser humano com frio e medo.
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Poppy PlayTime
FanfictionApós receber uma carta de uma antiga empresa onde trabalhava, James decide voltar e procurar por quem enviou, mesmo sabendo das atrocidades que aconteciam no local, ele não esperava que aquelas criaturas bestiais que um dia já foram carismáticas, es...