Capítulo 7 - Elliot Ludwig

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Assim que eu abri a caixa , escutei a doce voz daquela boneca, e então, uma névoa em um tom avermelhado, da mesma cor dos seus cabelos, se esvaiu de dentro do compacto ambiente para o exterior, embaçando a minha visão

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Assim que eu abri a caixa , escutei a doce voz daquela boneca, e então, uma névoa em um tom avermelhado, da mesma cor dos seus cabelos, se esvaiu de dentro do compacto ambiente para o exterior, embaçando a minha visão. Eu reconheci aquele vapor, era gás de papoula, quando eu inalei aquela substância, tive uma sensação estranha, o cheiro era idêntico a própria flor, e em uma fração de segundos, eu senti como se todos os meus ossos quebrados move-sem um por um de volta para os seus lugares originais, senti como se minha pele cicatriza-se e como se os arranhões e machucados desaparecessem. Em um piscar de olhos, a névoa dissipou-se e a boneca desapareceu.

Meus olhos percorreram a sala, fitando cada canto a procura dela, mas não havia nenhum sinal. Me virei de costas, para o local de onde eu vim e o guarda-roupa que outrora barricava uma porta agora moveu-se para o lado, dando passagem. Ela passou por ali, e agora me restava ir atrás dela, afinal meu caminho de volta havia sido completamente destruído quando a caixa quebrou os andaimes. Caminhei em direção a porta, e por um momento senti algo diferente, eu não estava mancando. Minha perna não estava mais doendo, minha costela não estava mais quebrada e o corte na lateral do meu abdome cicatrizou-se. Seria efeito daquele gás de papoula? Acho que essa era a única explicação que eu conseguiria encontrar naquele momento. Apesar disso ser assustador, quem sou eu pra reclamar, fui poupado de precisar gastar todo o meu dinheiro no hospital.

Retomei a minha caminhada até a porta, girei a maçaneta e ela se abriu, revelando um longo corredor, desta vez bem iluminado. O piso padrão quadriculado em tons de amarelo, azul, verde, vermelho e branco, se estendia até o final do corredor, onde havia três caminhos que podiam ser seguidos. A minha esquerda, uma parede pintada em um branco desbotado, um desenho próximo ao piso como uma linha ondulada que ia do começo ao fim da parede subindo e descendo, em um tom azul, que era o mesmo tom de azul da gravura acima dela, um grande desenho do Huggy Wuggy, sorridente, alegre, com os braços abertos para passar um ar acolhedor. A minha direita, uma parede quase igual, a mesma linha mas agora em um tom vermelho, e acima dela um desenho enorme do grande e carismático dinossauro que alegrara tantas crianças durante muitos anos. Bron era um braquiossauro filhote feito de plástico, com sua coloração em um vermelho vivo e a parte da sua barriga amarela, ele esboçava um grande sorriso com seus enormes dentes que seguravam um pequeno galho com folhas na ponta. As pinturas eram alegres, alegres até demais, em real desconexão com a real natureza destrutiva desse lugar. Uma fachada que cobria algo maior, algo aterrorizante, mas que nesta forma alegre apenas distraia as pessoas impedindo-as de perceber a verdade por trás de tudo.

Percorri o longo corredor, e me deparei com três outros caminhos, o do meio, era uma porta de madeira de lei em um tom bem avermelhado, o da esquerda, um longo corredor com um buraco no chão que impedia minha passagem, e a direita um grande portão de grades metálicas, que davam visão para um outro grande e longo corredor. Para remover as grades, era necessário usar o grabpack para colocar as duas mãos nos painéis para que as grades se erguessem, mas eu havia deixado-o para trás.

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