🥇1º lugar em ROMANCE no concurso Synergy
Até onde uma pessoa é capaz de ir por uma vingança? Até onde uma alma pode ser corrompida ao ponto de não lhe sobrar nada além de estilhaços? Até onde pode ir a maldade de um homem?
Heather Eveline nunca pre...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Ela realmente não gosta, mas precisa de mim."
Into it — Chase Atlantic
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Batuquei com a ponta da caneta em meu livro aberto, objeto do qual eu deveria estar dedicando o meu tempo agora. Mas, ao invés disso, estou aqui, encarando a mesa feito uma idiota.
Queria poder apagar a minha mente, ao menos por uns minutos. Ou quem sabe, voltar no tempo, certamente seria a melhor coisa a se fazer.
A verdade é que o arrependimento queimava irritantemente sob minha pele, há semanas. Se eu soubesse, naquela noite, que pegar um homem desconhecido me renderia tanta dor de cabeça, teria preferido me jogar daquela sacada e tentar a sorte planando.
É exatamente por isso que eu não me envolvo com pessoas que acabei de conhecer! Sempre dá problema, por centenas de motivos dos quais eu poderia citar um por um.
Desde que eu nasci, tive que viver com o peso de carregar o nome da família Gonçalves, um império construído muito antes de eu pensar em existir. E ainda assim, fui fadada a acometer-me com o ônus das decisões dos meus antepassados.
Mas esse não é o maior problema, não... aprendi a lidar com a pressão e as expectativas geradas sobre mim, me conformei que, não importa onde eu esteja ou com quem, sempre serei vigiada e correrei riscos. Nunca confiar em ninguém foi um lema que papai me ensinou antes mesmo de eu começar a andar.
E mesmo que, às vezes, seja difícil de suportar essa realidade de exposição constante, eu aprendi a conviver. Aprendi a ser perfeita... por isso que, me entregar à Ice, é algo que eu nunca sonharia em fazer em dias comuns.
Sua aparência já era capaz de gritar em todas as direções que ele era um problema. Um rebelde pretensioso. Com aquelas tatuagens e olhar cruel... eu sabia que ele não fazia parte do mesmo mundo que eu, soube desde a primeira vez que o vi, apoiado naquele parapeito.
Deixar que ele me tocasse foi a decisão mais burra que já tomei... porque, se tivesse simplesmente dado as costas e ido embora, não estaria sendo atormentada com pensamentos assustadores.
