🥇1º lugar em ROMANCE no concurso Synergy
Até onde uma pessoa é capaz de ir por uma vingança? Até onde uma alma pode ser corrompida ao ponto de não lhe sobrar nada além de estilhaços? Até onde pode ir a maldade de um homem?
Heather Eveline nunca pre...
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"Talvez seja a maneira como você diz meu nome Talvez seja a maneira que você joga o seu jogo Mas é tão bom, eu nunca conheci ninguém como você..."
Dandelions, Ruth B
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Não sei o que eu esperava quando Ice me chamou para almoçar, mas definitivamente um quiosque perto da praia de Coney Island sequer passou pela minha cabeça. Parecia tão simples, mas ao mesmo tempo era lindo, deslumbrante.
Diferente da praia isolada que Ice havia me levado, esta estava bastante movimentada. Com crianças se divertindo em pular nas ondas e montar castelos de areia, pessoas curtindo e tomando sol, e até mesmo cachorros brincando de buscar bolas. Era como se todos tivessem saído para aproveitar a tarde de sol de um sábado, o último em algum tempo.
Com o final do ano chegando, o outono chegou com força, parecendo antecipar o frio da comemoração de natal. Não posso mentir em dizer que essa não é uma das minhas épocas favoritas. A ação de graças, o natal, ano novo, toda a felicidade das festividades e do companheirismo, um propósito. Por muito tempo, essa é a única parcela do ano onde eu consigo me sentir próxima da minha família, que consigo sentir que eles me amam.
E um novo ano sempre significa um novo recomeço, espero que possa renascer de uma maneira diferente dessa vez, uma maneira que mudaria tudo.
— Você está mesmo colocando rum no seu suco? — perguntei, segurando a risada enquanto assistia Ice derramar um líquido laranja em seu copo.
Estava em um pequeno cantil de metal, e eu nem fazia ideia de onde Ice o havia escondido. Vim praticamente agarrada com ele na moto, e não senti nada que denunciasse esse objeto.
— Talvez... isso te incomoda? — quis saber, sumindo novamente com o cantil.
Perdi um momento observando o movimento de sua mão incrivelmente grande enquanto misturava a bebida com um canudo. Veias salientes subiam por seu antebraço, algumas tentando se esconder em meio as tatuagens, mas não obtendo muito sucesso. Me pergunto como uma pessoa consegue ser tão atraente fazendo coisas que não deviam significar nada.
