Cap. 29| Ruins

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 Levei o isqueiro aos lábios, acendendo o cigarro entre eles, do tipo que já parecia ter se tornado uma extensão do meu corpo

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Levei o isqueiro aos lábios, acendendo o cigarro entre eles, do tipo que já parecia ter se tornado uma extensão do meu corpo. Mas não há nada que eu possa fazer, essa merda é a única coisa que me mantém são nesse purgatório — que não pode ser considerado uma vida.

De certo, existem coisas melhores e mais fortes, sussurrando pelos cantos escuros o quanto elas podem concluir essa missão tão melhor do que esse mísero embrulho de tabaco. Deveriam saber que nem se arrancassem membro por membro do meu corpo, nem mesmo se me fizessem assistir enquanto rasgassem a carne presa aos meus ossos, eu nunca colocaria uma grama dessas porras na minha boca. Nunca!

Depois do que presenciei a minha vida toda, do quanto essa porcaria roubou de mim, o que ela fez com Ellen Waldorf, o que tentou fazer com o Colin... há pecados neste mundo que devem permanecer sob os mais densos e pesados quilos de terra, devem ser enterrados em lugares onde nunca poderão ser achados. O tipo de merda voraz que te faz perder a cabeça e cair em um abismo tão fundo que a luz se torna um mito... isso não ajuda ninguém, apenas te impulsiona a se destruir mais rápido, lhe roubando toda dignidade que pudesse ter.

É uma doença nojenta que jamais entrará em mim.

Expirei a fumaça no ar, subindo a perna para ficar na altura do meu corpo, sentado no parapeito da janela enferrujada. A lua se exibia no céu como se fosse uma maldita intocável, mesmo completamente sozinha, sem estrelas. Às vezes me pego pensando que, nem mesmo esses corpos celestes conseguem encarar tudo de repugnante que acontece nas sombras dessa cidade, eles se recusam. Como algo tão imponente se atreveria a encarar uma coisa tão suja? Por que se contaminariam apenas para que as mesmas pessoas imundas possam vê-las brilhando no céu? Elas não merecem, nenhuma delas...

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⏰ Última atualização: Jul 05 ⏰

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𝐈𝐂𝐄 - 𝑹𝒆𝒊 𝒅𝒐 𝑺𝒖𝒃𝒎𝒖𝒏𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora