🥇1º lugar em ROMANCE no concurso Synergy
Até onde uma pessoa é capaz de ir por uma vingança? Até onde uma alma pode ser corrompida ao ponto de não lhe sobrar nada além de estilhaços? Até onde pode ir a maldade de um homem?
Heather Eveline nunca pre...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Quando sentir o meu calor, olhe nos meus olhos É onde meus demônios se escondem Não se aproxime muito, é escuro aqui dentro É onde meus demônios se escondem..."
Demons — Imagine Dragons
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Observei o rosto apreensivo de Eve, banhado sob a luz da lua. Ela evitava olhar para mim já fazia um certo tempo, e acho que podia imaginar o porquê.
Ela se abriu para mim, como nunca tinha feito antes. E, apesar de ser exatamente o que eu queria, um sentimento esquisito me preencheu ao ouvir a história sobre aquele dia de um outro ângulo.
O ataque à Casa Branca... um ataque que eu mesmo orquestrei e que causou a minha sentença. Não sabia exatamente o que os desgraçados que estavam comigo naquela época pretendiam, eu estava cego, pouco me importava.
Queria entrar naquele palácio pomposo, logo quando Ricardo Gonçalves menos esperava, e arrancá-lo daquelas paredes, o fazer sofrer... era um moleque na época, não sei como achei que aquele plano impensado daria certo.
Só tive tempo de entrar no local, me deparar com o senhor dos Gonçalves sendo escoltado — apenas ele, sem sua família —, e tudo que aquele menino conseguiu fazer, foi correr inconsequentemente em sua direção com uma faca, e tentar apunhalar o seu rosto.
Queria que ele pagasse, fiquei tão centrado naquela tarefa que os seguranças ao seu redor pareceram desaparecer. Eu ouvia tiros e gritos, mas nem liguei, estava determinado a obter vingança.
Como era de se esperar, fui abatido pelos seguranças antes mesmo de sentir o cheiro daquele filho da puta. Naquele tempo eu não era ninguém, e acho que Ricardo não via aquele moleque de dezenove anos como uma ameaça. Pois, optou por me deixar à cargo dos policiais, ao invés de me matar como mandou que fizessem com muitos dos caras que perderam a vida naquele ataque.
Há noites em que eu me pego pensando se ele se arrependia de não ter atirado contra a minha cabeça quando teve a chance. Ricardo Gonçalves não sabia quem e o que eu iria me tornar naquele dia, ele não me conhecia, claro que não.