Fábrica de bebês | Jikook

[🍼] CAPÍTULO 4: PARK JIMIN É ABSOLUTAMENTE MALUCO E SEM NOÇÃO

Jungkook acreditava que o marido tinha vindo sem alguns de seus neurônio, em determinados momentos. Não era por maldade, mas por uma questão de somar dois com dois e descobrir que o resultado era quatro. Seu ômega era maluco, fora da caixinha, totalmente pirado, com uma porção de parafusos soltos, louquinho de tudo, insano.

Jimin até tentou ser um pouquinho mais normal durante o tempo do colégio, no último ano, quando um alfa bonito, alto, bem tímido, de olhinhos brilhantes e redondos como duas jabuticabas, cabelo castanho e sorriso meigo atraiu a sua instantânea atenção e roubou, sem perceber, o seu idiota e bobo coração. Ele queria aquele nerd fofinho para si e tentou fazer o possível para conquistá-lo, agindo como o completo oposto de si, apenas para impressioná-lo.

Entretanto, depois de muitas tentativas falhas, Jungkook finalmente só prestou atenção no ômega após uma explosão de loucura do mesmo, quando o baixinho surtou na frente de todo mundo no refeitório ao que uma das garotas de sua turma de matemática ousou tocar em seu pretendido. Ele ficou cheio de ciúmes, sem motivo nenhum desde que não tinha nada com o garoto, e foi para cima dos dois como um touro em fúria, enxergando o mundo em vermelho.

O alfa ficou surpreso quando o garoto mais bonito da escola — ele era louquinho por Minnie — apareceu em sua frente e praticamente empurrou Aila, sua dupla para o trabalho de biologia, para o lado sem nenhum cuidado ou delicadeza, enfiando o dedinho fofo em sua cara e iniciando um longo sermão irritadiço. Jungkook ficou pálido e quase desmaiou de nervoso, tentando abrir os ouvidos para escutar melhor a avalanche de coisas que escapavam da boca do menor, sem acreditar quando o ouviu gritar que o mais novo deveria olhar para ele e convidá-lo para sair de uma vez, causando um evento na escola, com todos ao seu redor, esperando a resposta do alfa.

O pobre rapaz não sabia o que fazer e saiu correndo dali, subindo rapidamente para o segundo andar e entrando na última sala vazia do corredor, o coração pulando na maior velocidade dentro do peito e quase saltando para fora. Ele estava em pânico, prestes a cair duro ali mesmo e partir dessa para melhor, ainda desacreditado de tudo o que ouviu minutos antes no refeitório. Sua cabeça estava em choque, os neurônios pifados, o cérebro feito gororoba líquida, e os pensamentos todos embaralhados, sem sentido, uma zona.

Foram necessários alguns minutos até que o alfa absorvesse a ideia e quase desmaiasse outra vez ao dar-se conta de que simplesmente abandonou o garoto de seus sonhos sozinho no meio do refeitório, sem uma resposta decente para a sua confissão. Park Jimin, o garoto por quem era apaixonado, havia se confessado para si, de verdade, e ele fugiu feito um covarde. O ômega deveria pensar que tinha sido rejeitado. Jungkook sentiu o seu lobo choramingar e o peito doer com a ideia do outro triste e arrasado, além de envergonhado no meio de toda aquela multidão, que o assistiu ser rejeitado depois de abrir o seu coração.

Em um súbito de coragem desenfreada, ele correu de volta para o refeitório, mas não encontrou o ômega em nenhum lugar. Ignorando os inúmeros olhares curiosos queimando em suas costas, ele saiu correndo por todo o colégio na busca de seu garoto. E, por sorte, o encontrou sentado em um banquinho de concreto no lado de fora, perto da quadra de esportes, debaixo de uma cerejeira toda florida e brilhante, com algumas pétalas cor-de-rosa caindo com o sopro suave do vento da primavera. De longe, o maior já conseguiu sentir o cheirinho azedo de morangos do outro, o coração apertando e a boca secando conforme ele se aproximava, com medo de ser o único rejeitado dessa vez.

Ao estar pertinho do ômega, ele notou que este estava chorando baixinho, o rosto todo vermelho e os ombros curvados, parecendo menor do que realmente era, bastante cabisbaixo e obviamente tristonho, o coração quebrado no peito. Jungkook sentou-se ao seu lado em silêncio e esperou um segundo até que o outro notasse a sua presença, arregalando os olhos e esforçando-se para limpar as bochechas molhadas, envergonhado por ter sido pego no flagra pelo alfa.