Fábrica de bebês | Jikook

[🍼] CAPÍTULO 6: PARK JIMIN ESTÁ TRISTE E COM O CORAÇÃO PARTIDO

Jimin sempre foi sinônimo de um ômega forte e resiliente. Ele nunca se deixou abalar por nada nessa vida. Exceto quando o seu alfa, o amor de sua vida, o rejeitou como se ele estivesse com uma doença venérea e pediu por um tempo. Ah! Aquilo definitivamente quebrou o coração sensível do homem em milhões de pedacinhos.

Era eufemismo dizer que ele chorou a noite inteira, até ficar com o rosto todo inchado e praticamente sem voz, os olhos vermelhos e gordos e o nariz completamente entupido, uma escuridão opaca nas pupilas e uma tristeza imensa presente em toda a sua feição. Ele estava destruído e nunca sentiu-se pior na vida, um idiota, feio e acabado, um carrasco.

A maneira como o marido lhe encarou na noite anterior foi mais do que o suficiente para causar uma tempestade de pensamentos negativos na cabeça do menor, que não conseguiu pregar os olhos por um minuto sequer e continuou remoendo o assunto e a cena durante a noite inteira. Foi péssimo, horrível, pavoroso. Seu coração estava desolado e ele não tinha ideia do que fazer para aliviar a sensação dolorosa em seu peito, estava cabisbaixo, choroso, sentindo saudades dos braços apertados de seu companheiro ao seu redor e de seu cheiro calmante e tão característico de canela. Era uma agonia estar naquela casa vazia e solitária, tão silenciosa, as janelas fechadas e o clima frio, morto.

O ômega não tinha vontade de levantar da cama e preferiu continuar deitado em seu colchão macio e confortável, tirando um cochilo por volta das duas da tarde e acordando cerca de três horas depois, alarmado e cheio de medo, chorando como um bebê depois de ter tido o pior pesadelo de sua vida. Ele se enfiou ainda mais debaixo das cobertas que tinham o cheiro de seu alfa e manteve os olhos fechados por um bom tempo, sofrendo com o abandono e a rejeição, com a falta do corpo quente e grande ao seu lado, sem o som da voz suave e gostosa dele e de suas piadas bobas e divertidas que faziam a sua barriga doer de tanto rir. Ele sentia falta de Jungkook, de tudo, e não conseguia conter o sentimento de decepção em seu interior quando lembrava-se das palavras ditas pelo homem na noite anterior, de seu silêncio mortal quando o menor lhe questionou sobre a sua decisão, de como ele virou as costas para si e se retirou para o quarto de hóspedes sem sequer olhar para trás. Foi uma atitude cruel, infeliz, e Jimin estava chateado, com raiva, desgostoso, com vontade de ir para a casa da mãe e pedir por seu colo e seu consolo.

O pobre rapaz não sabia o que fazer para consertar as coisas. Ele não tinha ideia de que o marido rejeitava tão fortemente a ideia de ter bebês. Seu alfa não queria tê-lo carregando os seus filhotes? Ele não o amava mais? Jimin ficou feio e pouco atraente? Jungkook tinha conhecido outra pessoa mais bonita e mais legal do que ele? Um milhão de perguntas e ideias atravessavam a sua mente sem descanso e Minnie sabia que estava enlouquecendo rapidamente, tornando-se assustado e paranóico, roendo as unhas e criando teorias das conspirações contra o marido, incapaz de prender o choro magoado com as suas estúpidas suposições.

Ele, então, apenas fica ali no quarto, agonizando em seu desespero e inferno pessoal enquanto questionava-se onde errou, o que fez de tão ruim para afastar o marido de si e causar uma ruptura em sua relação. Um tempo, era o que Jungkook tinha pedido; Minnie não acreditava que poderia ser capaz de dar aquilo, uma possibilidade impossível, seu lobo era ciumento e egoísta demais para abrir mão do alfa deles, sem chance de acontecer.

Perto das seis da tarde, portanto, Jimin escuta uma sequência de barulhos no primeiro andar e sente o coração acelerar ao perceber que Jungkook tinha chegado do trabalho. Ele não faz nenhum movimento para ir até a sala e receber o homem, apenas continua deitado sob os cobertores, com a expressão de morte e o coração em pedaços. Alguns minutos decorrem do relógio e ele escuta três suaves batidas em sua porta, em seguida, a voz macia e rouca do marido chama o seu nome, perguntando se estava bem e pedindo para que o deixasse entrar. Jimin não responde e ignora o pedido do alfa, enterrando o rosto no travesseiro e fungando baixinho mais uma vez, o nariz coçando com a súbita vontade de chorar.