04, Revealing.

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Tom Evans Holland. Gostava do seu nome assim como gostava de quem havia se tornado enquanto pessoa. As pessoas chamariam de orgulho ou narcisismo, mas ele só se sentia bem e tinha um nível de amor próprio interessante. Mas isso era algo que o acompanhava desde a adolescência e não podia negar que seu tio não alimentava essa parte dele. Até praticamente seus quinze anos de idade ele vivia nos corredores do hospital onde Chris Evans trabalhava, todo mundo o conhecia, e por mais que o elogiassem e tivessem alguns garotos que jogassem algum charme, ninguém tocava nele. Era o sobrinho do chefe.

Ele sempre teve uma liberdade muito grande, desde que foi morar com o tio o mesmo não o privava de conversas abertas sobre os mais diversos assuntos desde que fosse compatível com sua idade e muitas vezes fazia perguntas mais delicadas só porque achava adorável ver Chris, um cirurgião chefe embaraçado com as palavras que deveria usar quando o pequeno Tom perguntou de onde vinha os bebês e o que era sexo.

Chris o falou sobre sua bissexualidade quando Tom o perguntou porque ele beiju uma mulher em um dia e um homem no outro, por isso não houve vergonha quando entendeu sua própria sexualidade e contou ao tio que apenas o arrastou para seu escritório para terem agora uma conversa seria sobre sexo com pessoas do mesmo gênero.

O constrangimento viria aos dezesseis anos quando foi flagrado deitado na cama com um colega da escola fumando maconha depois de ter perdido sua virgindade. Chris riu e o zoou por semanas após isso e Tom se policiou para passar a chave sempre que estivesse com alguém em casa porque sim, Chris preferia que ele estivesse com alguém em casa onde ele sabia ser um ambiente seguro do que por qualquer canto por aí.

Mas isso não queria dizer que Chris não era exigente com os poucos ficantes ou namorados que Tom havia tido. Parecia sempre achar algum defeito em todos eles e não escondia isso quando conversavam a respeito, Tom revirava os olhos como o bom adolescente que era e reclamava, mas em silêncio gostava de saber que estava sendo protegido pelo homem que mais admirava. De várias maneiras.

Não era cego e sempre ouviu comentários sobre como tio Chris era bonito, sobre como ele arranjava tempo para manter a forma, cuidar de um adolescente e manter a forma. Herói, diziam. Era um homem atraente e por serem tão companheiros, por mais que o respeitasse como tio eles eram bem mais amigos que isso a ponto do mais velho explicar para ele o que era punheta quando Tom o questionou sobre as mudanças pelas quais seu corpo estava passando.

Mal sabia Chris que ele havia sido o primeiro motivo do despertar de Tom pela sexualidade e que toda vez que saia do banho só de toalha ou voltava suado e sem camiseta de uma corrida ou academia fazia Tom tomar um banho que poderia ser julgado como desperdício pelo tanto de água que gastava.

Por isso pensava sobre como ele reagiria se soubesse que seu sobrinho que tanto o admirava estava indo para a cama com um de seus melhores amigos há algumas semanas. Sim, sim, Tom sabia que Chris não surtaria, afinal, os dois já haviam brincado sobre isso, mas uma coisa era piada e outra era transformá-la em fatos.

Tudo isso, essa enxurrada de lembranças e informações passou por sua cabeça naquele momento em que foi pego no ato. Não estava na cama fumando maconha pós-sexo com um colega da escola, mas se sentiu tão constrangido quanto naquele dia. Estava lá, recostado contra a ilha da cozinha de casa, preso entre os braços de Chris Hemsworth que o beijava com vontade enquanto suas mãos acariciavam os braços ainda cobertos pelo tecido macio da camisa branca que ele usava. Estavam presos em seu mundo de carícias, desejo e tesão que só se deram conta da presença de Chris Evans quando ele pigarreou de forma dramática e clichê para chamar a atenção.

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