Capítulo 10

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Antes de ir para a sala de aula para dar sua aula de botânica, Phillip sentou-se em sua sala, pensativo. As últimas semanas tinham sido um turbilhão de emoções desde aquele encontro inesperado com Eloise em seu escritório. Ele não conseguia tirá-la de sua mente, e a incerteza sobre o que estava acontecendo entre eles estava começando a pesar em seus ombros.

Decidido a esclarecer as coisas, Phillip pegou seu celular e começou a digitar uma mensagem para Eloise. As palavras fluíram lentamente enquanto ele escolhia cuidadosamente cada uma delas:

"Eloise,

Você estaria livre para conversar hoje à noite? Acredito que está na hora de conversarmos. Poderíamos tomar um café, na Bakery's, próxima do campus.

Phillip."

Ele olhou para a mensagem por um momento, refletindo sobre o que estava prestes a fazer. Enviar aquela mensagem era um passo importante, e ele esperava que Eloise estivesse disposta a conversar logo. Com um suspiro, ele apertou o botão de enviar e esperou ansiosamente pela resposta dela.

Após enviar a mensagem, Phillip respirou fundo e tentou se concentrar em sua aula iminente. Ele sabia que precisava dar o melhor de si para seus alunos, mas a inquietação em seu peito era difícil de ignorar.

Entrou na sala de aula com seu rosto sério de sempre, pronto para compartilhar seu conhecimento sobre a anatomia das plantas vasculares. Seus alunos olharam para ele com expectativa. No entanto, sua mente não estava completamente na aula.

— Boa tarde a todos — cumprimentou Phillip. — Quero que prestem atenção redobrada na aula de hoje, pois isso será importante para sua compreensão da fisiologia das plantas e o assunto estará no teste da unidade.

Enquanto continuava a aula, Phillip sabia que precisava se concentrar no conteúdo, mesmo que sua mente vagasse ocasionalmente para a resposta que esperava de Eloise. Ele explicou os detalhes complexos da anatomia das plantas vasculares, destacando a importância do xilema e do floema no transporte de água e nutrientes. Seus alunos estavam atentos, tomando notas e fazendo perguntas pertinentes.

Quando abriu espaço para perguntas, os alunos estavam ansiosos para participar, demonstrando um interesse genuíno no assunto. Uma mão se ergueu prontamente.

— Sim, Srta. Morgan, você tem uma pergunta? — ele convidou.

— Professor, como as plantas vasculares conseguem transportar água tão eficientemente, considerando que são tão diferentes de nossos sistemas circulatórios?

— O transporte de água nas plantas vasculares é, de fato, um processo notável. Isso ocorre graças à coesão e à tensão da água, ajudadas pela transpiração e pela pressão de raiz. São mecanismos muito eficientes que garantem o fornecimento adequado de água às diferentes partes da planta.

— Professor, e quanto à adaptação das plantas vasculares a diferentes ambientes? Como elas lidam com condições adversas? — Outro aluno, Pedro, levantou a mão.

— Bom, Sr. Johnson, as plantas vasculares possuem uma variedade de adaptações que lhes permitem sobreviver e prosperar em ambientes diversos. Por exemplo, algumas desenvolvem raízes mais longas para acessar água em profundidades maiores, enquanto outras possuem cutículas espessas para evitar a perda excessiva de água por transpiração.

A discussão continuou, com Phillip respondendo a várias perguntas dos alunos, estimulando o pensamento crítico e aprofundando a compreensão do tema.

No entanto, a porta da sala de aula se abriu com um estrondo e Lisa, uma das alunas, entrou atrasada. Ela parecia apressada e um pouco desorientada.

— Desculpe pelo atraso, professor. Tive um imprevisto. — Lisa murmurou, correndo para seu lugar.

Desejo Proibido - PhiloiseOnde histórias criam vida. Descubra agora