Fulgor: A Nova Era | Larry

Prólogo

3 anos atrás.

16 de agosto de 2012.

    Louis estava cansado.

O escritório drenava toda a sua energia, deixando apenas a carcaça. Nem mesmo quando estava na Marinha, dirigindo um cargo de alta patente, se sentia tão exausto quando como fica na frente do computador por horas, tendo que elaborar planilhas, artigos, dar atenção aos telefonemas, que pareciam sempre ter uma pausa entre 1 a 5 minutos. Nunca o suficiente para poder respirar. Ele era um Ex-militar, seu temperamento era terrível. Estava muito surpreso por não ter sido demitido. Mas ele sabia desde do início quando aceitou a promoção de auxiliar administrativo, então a culpa era totalmente sua por aceitar esse cargo.

Quando parou o carro na frente de sua casa, suspirou cansado e fez seu mantra mental, obrigando-se a manter a calma e não sair de linha e descontar na sua mulher e seu filho.

Saiu do carro com a gravata na mão esquerda, liberando os três primeiros botões da camiseta social, tendo um pouco de liberdade para respirar. Ele precisava de um banho urgente.

Passou pela porta de entrada, pondo suas chaves no decorativo em cima da estante que tinha ao lado da porta, se desfez do sobretudo, pendurando o casaco no gincho que tinha próximo, e finalmente, deixou seus pés livres daquele aperto irritante. Andando de meia pelo piso de madeira, conseguiu alcançar a cozinha.

Ao entrar no cômodo, viu sua esposa cozinhando, de costas para si, e realmente empenhada em concluir o jantar. Um suspiro de alívio saiu de sua boca, e então ele se dispôs a caminhar até estar atrás da mulher ruiva, a abraçando por trás e então, podendo finalmente respirar sem pressão.

— Demorou hoje. – Elena resmungou, sentindo o nariz do marido passar por sua bochecha e chegar a seu pescoço.

— O chefe explodiu hoje, resolveu que a planilha que eu havia concluído a uma semana, precisava de reparos.

— Seu chefe precisava de férias. – Sua mulher falou risonha, fazendo com que Louis sorrise contido, ainda enfiado entre a dobra do pescoço cheiroso.

— E eu de distração. Onde está Arthur?

— Na casa da sua irmã. Está brincando com a namoradinha. Lottie comentou que Olivia já preparou o casamaneto com o nosso filhote.

— Crianças. Arthur parece gostar dela.

— Ele gosta. Antes de dormir, ele me pede para pegar o celular e ligar de chamada de vídeo para Lottie, que sempre passa para Oli.

— Oh, perderemos nosso filhote muito cedo El. – Comentou brincalhão. – Sabe, aproveitando que estamos sozinhos, poderíamos brincar um pouco. – Louis mordeu o pescoço da esposa, não forte o suciente para deixar uma marca, mas bastante para a fazer estremecer e fechar os olhos.

— Não acha que está muito velho para brincar? – Elena arfou baixinho quando o marido a apertou contra o balcão. Ela desligou o fogão e virou-se, até estar de frente com o ex-militar.

— Talvez. Mas essa brincadeira com certeza não envolve um carrinho da Hot wheels. – Com brutalidade, Louis a levantou até que está estivesse com as pernas em voltas de sua cintura, a levando para o lado contrário do fogão, encontrando o balcão, pondo a sentada na ponta. Se enfiou entre as pernas esbeltas da esposa, logo colando os corpos necessitados.

Sem enrolar, Louis prendeu suas bocas em um beijo calmo e intenso, passando as mãos pela cintura fina, até que chegasse no quadril largo e cheinho da esposa, apertando a carne com afinco e ignorando fielmente o celular que começou a tocar ao lado dos corpos.