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"Esperança, é a única coisa mais forte que o medo". – Jogos Vorazes.



Harry

3 anos atrás

8 de agosto de 2012.


O sol cobria todo o jardim.

Era verão, as flores estavam frescas.

E havia limonada. Harry adorava limonada.

Os passos de sua mãe vagavam pelo piso inteiramente de madeira do lado de dentro da casa. Ela corria de um lado para o outro arrumando os preparativos da festa de Gemma. Harry sentia que se ela não parece em um lugar e ficasse pelo menos dois segundos parada, enlouqueceria. Seus olhos a seguiam, acompanhando seus passos ligeiros.

Ok, chega.

— Pelo amor de Deus, mulher! – explodiu – Pare de ficar rodeando, está me deixando tonto, mamãe. – Resmungou emburrado.

— Eu só estou vendo se não está faltando nada! Vai que na hora do parabéns falte a vela!

Harry a encarou carinhoso e sorriu, fazendo as bochechas afundarem e lindas covinhas.

— A vela está no bolo, mãe. Está tudo perfeito, vá tomar um banho e deixe que eu cuido do resto! – Anne sorriu agradecida e beijou o nariz do filho.

A mulher sumiu pelas escadas em questão de segundos, ainda agitada para festa.

Harry estava animado, mas não competia com a disposição da sua mãe com certeza. Sua mãe era bem empenhada quando se tratava de datas comemorativas.

Revisou todos os decorativos, vendo se não faltava nada, evitando um conflito que sua mãe provavelmente causaria se percebesse a ausência de algo crucial. Terminou de examinar se não faltava nem um doce na mesa, e então guardou a bagunça de balões e confetes em cima do balcão da cozinha na primeira gaveta em baixo do fogão.

Lavou os talheres e alguns copos da pia, e quando foi pegar o pano para secar os objetos, o telefone tocou.

Ele jogou o pano em cima do ombro e correu até o telefone fixo da casa, atendendo-o.

— Alô, residência Styles?


— Ele acordou! – Eu sabia que conhecia essa voz, mas no momento, tudo que me vinha a cabeça era uma terrível e torturosa pressão nas têmporas. Parecia que minha cabeça entraria em combustão e explodiria em qualquer momento.

A dor fez com que demorasse até que meus olhos se acostumasem com a claridade, porém, quando aconteceu, vi Hanna e seus olhos pretos me encarando preocupadamente.

— Que susto, pensei que tinha morrido!

— Isso significa que tenho alguma importância, não é de todo o ruim. – Acabei brincando.

— Ridículo. – Hanna xingou. – E por que não disse que tinha pressão baixa?!

— Eu 'tava cuidando, não precisava que alguém fizesse isso por mim.

Fulgor: A Nova Era | Larry Onde histórias criam vida. Descubra agora