POV: MAITE PERRONI
"Estou um tanto preocupada, já são 10h da noite e o Afonso ainda não chegou em casa. No que ele deve ter se metido agora?".
Este era o pensamento que inundava a minha cabeça naquele momento, sempre que ele desaparecia acontecia algo inusitado. Já estava cansada de fazer o papel de irmã mais velha por ele. Além disso, há 3 meses o aluguel está atrasado e ele sempre diz que dará um jeito de resolver, mas nada acontece.
De tanto eu falar sobre isso, hoje pela manhã ele me disse que iria sair para procurar algum emprego, e solucionar de vez esse problema, mas até agora não deu nenhum sinal de vida. Pressenti que algo lhe havia acontecido.
Olhei pela janela, e não vi ninguém na rua, apenas os gatos revirando as latas de lixo perto do quintal abandonado do vizinho. Quando de repente sinto uma presença atrás de mim.
- Ele já chegou? - dei um pulo, era a vovó.
- Não, nenhum sinal dele ainda. - falei me afastando da janela.
- Acho que é melhor eu ir buscá-lo. - disse em um tom de preocupação.
- Está bem, mas tome cuidado e não vá muito longe, essa cidade fica ainda mais perigosa à noite. - disse a vovó Marta, eu apenas concordei e sai a procura do idiota do meu irmão.
Caminhei a passos largos, até chegar na esquina da nossa rua. De longe eu vi um grupo de pessoas que pareciam discutir, porém como ainda estava longe, resolvi me aproximar.
- Você tem que me pagar o que deve hoje, já te dei tempo suficiente - falou um homem que estava bem vestido com o seu terno preto, enquanto dois de seus prováveis capangas, seguravam um pobre coitado que rogava por misericórdia.
Resolvi me aproximar ainda mais para ver nitidamente quem era o desditoso que havia caído em tamanha desgraça naquela noite. Dei mais 5 passos. Porém fiquei atônita quando percebi de quem se tratava.
- Afonso! - dei um grito afogado, não muito alto, porém o suficientemente grande para que todos os que estavam reunidos ali me escutassem.
- Vá embora daqui, hoje é o dia dele, não nos faça ter mais trabalho matando os dois - disse o que me parecia ser o chefe dos demais.
- Por favor não faça nada com ele. - roguei quase de joelhos.
- Se é dinheiro que você quer, eu dou minha palavra que nós iremos pagar, mas por favor, solta ele. - disse com as lágrimas dominando o meu rosto e as pernas um pouco trêmulas de medo e desespero.
- Tudo bem, para você vê que eu não sou uma pessoa tão má e sei respeitar uma dama como você. Eu te darei 48 horas para que me pague os 200 mil pesos que seu irmão me deve, caso contrário, não adianta nem procurar, porque não vai mais encontrar nenhum rastro desse filho da mãe. - exclamou rindo em forma de deboche e levando-o como garantia de seu trato infame.
POV: NARRADOR
Naquela dia, Maite voltou para a sua casa tão emocionalmente abalada que não conseguiu dormir a noite toda, pensando em como conseguiria reunir todo aquele dinheiro em apenas 2 dias. Já que não tinham dinheiro nem para pagar o mísero aluguel da casa em que moravam.
Apesar de tudo isso, Maite não mencionou nada do que havia acontecido para a sua avó; disse somente que seu irmão, Afonso, não havia voltado para casa porque conseguiu um emprego de última hora transportando alguns turistas para o litoral do Estado de Jalisco. E que por isso, precisaria ficar alguns dias por lá.
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Amor De Aluguel (Savirroni)
Fanfiction🌼 Sinopse 🌼 Dulce María é a presidente de uma das mais importante companhias de moda do México, o Império Saviñón, fundada pelo seu avô. No entanto, está sob o seu controle desde que o mesmo resolveu se aposentar de vez. Maite é uma simples garçon...