03. Until I Found You

264 19 7
                                    

POV: MAITE PERRONI

Na manhã seguinte, faltei ao meu expediente no restaurante, para pedalar até a casa na qual a senhora Verônica me direcionou na noite anterior, através de uma localização anotada a mão pela mesma.

Tive que atravessar toda a cidade para poder chegar até o bairro mais nobre da Cidade do México, onde me foi disponibilizado um acesso para conseguir entrar no condomínio.

Ao entrar, fiquei boquiaberta com aquele lugar, parecia que eu estava andando tranquilamente em um bairro de classe alta nos Estados Unidos. As casas - ou mais bem, mansões - eram lindas e enormes, cada uma delas davam facilmente 2 cortiços de um bairro periférico do Distrito Federal.

Quando cheguei no endereço descrito, fiquei pasma com a beleza e o bom gosto da parte externa da casa. Na frente tinha um enorme jardim, cheio de flores e pinheiros, todos muito bem cuidados. Já a arquitetura da casa era moderna porém nada minimalista. Eu apostava que a casa teria pelo menos uns 10 quartos e umas 3 salas com TVs enormes; pelo menos 1 cinema, e muitas outras coisas que os ricos amam expor.

Quando cheguei até o portão, não sabia o que fazer exatamente. Eu simplesmente vi uma câmera e acenei de maneira um pouco exagerada para ela. Como tudo era tão magnífico e novo para mim, na minha cabeça, talvez, aquela câmera ativasse algum sensor que permitisse com o que o portão se abrisse. Mas obviamente estava enganada.

Fique parada parecendo uma boba acenando para a câmera já sem paciência porque o portão não dava nem um sinal de vida; quando finalmente, o porteiro me viu de longe e ativou o portão para que ele se abrisse. Ele apenas riu daquela cena vergonhosa, enquanto eu só queria que a terra me engolisse naquele exato momento.

Eu caminhei de cabeça baixa e bem depressa, depois da vergonha que passei, e me direcionei até a porta principal, e por fim, ativei a campainha.

Quem me atendeu foi a empregada da casa, que já estava avisada da minha vinda. Em seguida ela me recepcionou e me guiou até a parte externa, detrás da casa, onde se situavam a piscina e a parte de lazer daquela luxuosa mansão.

A senhora Verônica estava fazendo suas aulas habituais de ioga. Se esforçando ao máximo para fazer uma das posições que lhe foi pedida pela professora. A posição se tratava de deitar de costas sobre a bola inflável e tentar pôr as gemas dos dedos no chão.

Enquanto isso, me direcionei até o local no qual aquela senhora de cabelos loiros se encontrava; ficando desta maneira de frente para ela, possibilitando assim, que ela conseguisse me ver, mas desta vez, de cabeça para baixo.

Como ela não esperava que eu estivesse ali naquele momento, tomou um grande susto que a fez cair no chão para o seu lado esquerdo em cima da grama verde daquele imenso jardim, permitindo, desta maneira, que a bola inflável escapasse de sua posse.

- Meu Deus criatura, você me assustou! - exclamou Verônica se recuperando da queda e levantando em seguida.

- Não sabia que você praticava ioga, não tem cara de quem faz esse tipo de exercício. - falei de uma forma amigável, querendo rir da situação.

- Você é bem metida às vezes né?! - falou enquanto pegava a sua garrafa de água e levava a boca. Eu apenas sorri e balancei a cabeça em sinal de afirmação ante aquela irônica pergunta.

- Vem, vou te falar o que nós vamos fazer para que o nosso plano seja um sucesso. - ela continuou, com um tom de empolgação, batendo palminhas como se estivesse preparando algo muito mirabolante.

Amor De Aluguel (Savirroni)Onde histórias criam vida. Descubra agora