(Parte 2/3)
POV: DULCE MARÍA
Eram seis da tarde e me vi diante de um dilema: será que ligo para ela? Quero saber se está melhor, mas não quero demonstrar preocupação excessiva. Afinal, somos apenas chefe e subordinada, e não quero que as fronteiras entre nós se misturem.
Mesmo com tudo o que aconteceu entre nós em tão pouco tempo, algo que nunca experimentei antes, sinto uma inquietação sobre como isso pode impactar nossa relação.
Entretanto, já ouvi muito dizer que só vivemos uma vez, e devo admitir que, não há afirmação mais verdadeira. Qual o sentido de viver com medo se o amanhã pode nunca chegar? Seguindo essa filosofia, reuni coragem e liguei para ela.
Tentei 1, 4, 6 vezes, mas ela não atendeu.
- Droga, Maite, atende essa merda. - murmurei, sem paciência para continuar tentando.
Por um momento, considerei a possibilidade de uma piora súbita da sua saúde, o que poderia ter impedindo ela de me atender. Confesso que essa ideia me abalou um pouco, especialmente porque reconheço minha parcela de culpa na situação catastrófica de ontem à noite.
Decidi que seria melhor vê-la pessoalmente para garantir que estava bem e acalmar minha mente.
Bom, admito que isso não parecia ser algo exatamente profissional, mas quem se importa, certo? Não estou agindo como uma stalker ou algo do tipo. Sendo a chefe dela, e ela, minha funcionária, considero isso uma gentileza da minha parte. Então, está tudo bem.
...
Cheguei à sua casa, mas permaneci no carro, indecisa sobre como me apresentar. Devo bater na porta e perguntar por ela? Ligar é inútil, já que não atende. E se alguém da família atender, o que direi exatamente?
- Droga, e agora? - desabafei, inclinando minha cabeça para o encosto do banco.
O que mais incomodava era me sentir como uma adolescente tentando encontrar a namorada escondida da família. Juro, isso me perturbava, pois toda a situação parecia patética demais para alguém como eu.
- Será que eu enlouqueci? - murmurei ao sair do carro.
Permaneci imóvel do lado de fora da casa, sem saber ao certo o que fazer. Decidi pegar uma das pedrinhas próximas e arremessá-la na janela do andar de cima, presumindo ser um quarto feminino devido às cortinas cor de rosa.
Lancei a pedrinha uma, duas, quatro, seis vezes, e quando me preparava para a sétima, a porta principal da casa se abriu. Uma sensação de nervosismo tomou conta de mim. Não era comum alguém da minha posição se comportar assim; o que pensariam ao me ver dessa forma? Contudo, para minha surpresa e alívio, quem saiu da casa foi Maite, exatamente a pessoa que eu desejava encontrar.
Ela se aproximou.
- O que você está fazendo aqui? E por que está jogando pedras na minha janela? - perguntou, visivelmente confusa.
- Vim verificar como você estava. Como não respondeu, decidi vir até aqui.
- Por que não bateu na porta como uma pessoa normal? - retrucou, com uma nota de obviedade na voz.
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Amor De Aluguel (Savirroni)
Fiksi Penggemar🌼 Sinopse 🌼 Dulce María é a presidente de uma das mais importante companhias de moda do México, o Império Saviñón, fundada pelo seu avô. No entanto, está sob o seu controle desde que o mesmo resolveu se aposentar de vez. Maite é uma simples garçon...