Prólogo

22 2 0
                                    

VICTÓRIA MOORE

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

VICTÓRIA MOORE

Dez anos atrás

Puxa o ar...

Solta o ar...

Deu tudo errado!

Nada está tão ruim que não possa piorar!

Foi o que eu pensei, mas eu deveria saber que se tratando de mim, a vida não iria facilitar.

Sabe quando sua vida passa em um borrão na sua mente? Você não sabe onde errou ou o que fez para chegar nesse momento. Tudo acontece tão rápido e sem explicação.

Ok, respira fundo, relaxe, você consegue! tento achar algo em que me apoiar, meus braços já estão trêmulos, não conseguirão segurar o peso do meu corpo por muito mais tempo.

Olho para o lado e vejo as três desconhecidas lutando para se manter agarrada, junto comigo ao parapeito dessa construção antiga, do tamanho de um prédio de uns 6 andares, e para variar, estamos no último.

Não, isso não é uma tentativa de suicídio coletivo, estamos apenas fugindo de um grande problema, tenho certeza que nenhuma aqui teve escolha, pelo menos não até agora.

Olho para baixo, talvez a queda não nos mate, mas tenho certeza que deixará sequelas eternas, algo que não estamos dispostas a descobrir.

Vou voltar um pouquinho para vocês entenderem como chegamos aqui.

MINUTOS ANTES...

Tento abrir meus olhos, mas a claridade dificulta mantê-los abertos por muito tempo. Não consigo me mexer, estou deitada, sinto que meus braços  e pernas estão presos ao lado do meu corpo. Como vim parar aqui?

A última coisa que me lembro é de ter chegado cansada em meu dormitório depois de um dia corrido e atarefado, e assim que cruzei a porta senti uma picada em meu pescoço, tudo o que aconteceu depois foi apenas um grande borrão.

Meu corpo inteiro dói, tento forçar minha mente a trabalhar enquanto estou tentando focar minha visão, meus olhos ardem e lacrimejam, minha boca está seca e minha cabeça parece que vai explodir.

Quando finalmente consigo focar minha visão me assusto, estou trêmula, olho ao redor tentando entender que lugar é esse, a sala é toda branca com o piso cinza, tem vários aparelhos ligados a mim, monitorando meus batimentos, luto para puxar ar para meus pulmões, mas sempre que olho envolta o pânico ameaça sair descontrolado.

Não entre em pânico...

Não entre em pânico...

Repito meu pequeno mantra, tentando fazer meus batimentos voltarem ao normal para a máquina não apitar. Deus, preciso de mais tempo para raciocinar, não podem perceber que acordei, vai saber o porque me trouxeram aqui e me prenderam assim.

Desde jovem aprendi que ''não existe almoço grátis'', ninguém fará nada de graça para você, ainda mais quando se é uma ninguém como eu era, sempre tentarão tirar vantagem de suas fraquezas e usarão seus medos contra você, pelo menos é assim o mundo em que cresci.

DOCE ENCANTOOnde histórias criam vida. Descubra agora