𝕻𝖗𝖊𝖙𝖔 𝖈𝖔𝖒𝖇𝖎𝖓𝖆 𝖈𝖔𝖒 𝖔 𝖇𝖗𝖆𝖓𝖈𝖔

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"Quando o mundo te empurra, você só tem que se levantar e empurrar de volta. Ninguém vai te salvar se você começar a murmurar desculpas." - One Piece

A luz suave do sol filtrava-se pelas cortinas pesadas, por isso, as lâmpadas do quarto lançavam um brilho dourado sobre os vestidos de seda e os ternos de lã meticulosamente alinhados. Cada peça extraordinária em cabides de veludo exalava uma sensação de novidade, como se estivessem esperando serem usadas para uma ocasião especial. Vestidos longos com saias fluidas e ternos meticulosamente cortados, destacavam a qualidade impecável dos materiais.

— Por que alguém precisaria de tanta roupa? — Luffy falou enquanto estava deitado sobre um acolchoado que tinha no meio da sala.

— Não é sobre precisar, mas sim, sobre querer! — Nami falou de dentro do trocador com uma voz abafada.

— O que a gente tem que vestir? — o chapéu de palha perguntou outra vez se levantando e observando Akira andar pelo lugar a procura de algo que lhe caísse bem.

— O que você quiser. Na realidade, nem eu sei o que colocar... — a de cabelos brancos falou enquanto mexia em um vestidos com lantejoulas.

— E então? — a navegadora saiu de trás do divisório do trocador aparecendo com um vestido com estampa brilhante.

— Você parece a Nami. — Luffy apenas falou isso, não entendendo o que a garota queria ouvir naquela ocasião.

— Acho melhor escolher um menos... — Akira tenta maneirar nas palavras falando de forma mais sutil — brilhante?

Quando a mulher parou de falar, um espadachim passou pela porta da sala direto, mas retornou ao ver que ali era onde ele procurava. Akira riu baixo entendendo que ele chegou ali por coincidência e que provavelmente ele estava perdido pelo casarão.

— Eai Zoro, vai botar o que? — Luffy falou para o mais velho vendo o mesmo segurar suas katanas no ombro vestindo um roupão de cetim.

— Alguma coisa preta! — O maior passou direto se sentando numa cadeira

— Eita, que dark das trevas — Akira, como sempre sem filtro, falou de forma cômica arrancando uma risada de Nami que estava dentro do trocador.

— Você deveria colocar algo escuro também, vai realçar seu cabelo... — Zoro olhava para um ponto aleatório do quarto enquanto dirigia a palavra para Yuki.

— Ah, obrigada... — a mulher agradeceu tímida e desconfiada, não era normal esse tipo de ajuda vindo do caçador — Jubileu 'ta estranho.

— Aquele mordomo parece familiar para vocês? — perguntou para todos fazendo a cabeça da navegadora sair de dentro do provador apenas para lhe responder cinicamente:

— Parece, acho que estava no último jantar que a gente foi.

— Juro que já o vi em algum lugar... — o esverdeado falou para si mesmo.

— O que acham desse? — a ruiva saiu de dentro do vestiário com um vestido preto colado e uma blusa com lantejoulas brilhantes e coloridas.

— Ainda é a Nami! — Luffy disse a mesma coisa do vestido anterior.

— Falei que eu vou usar preto. — Zoro falou de forma autoritária com a sobrancelha levantada.

— Mas falou para Yuki usar?! — a navegadora cruzou os braços em deboche.

— Tem diferença... — Roronoa novamente olhou para um ponto qualquer do quarto.

— Tem? — Akira perguntou curiosa. Não entendendo muito bem o que isso queria dizer.

— Bota logo, outra cor! — Zoro falou grosso e Nami desistiu de contradizer.

— Eu odeio vocês! — a mulher foi procurar outro vestido no meio do emaranhado de tules e casacos.

— Me senti atacada... — Yui falou com um sorriso travesso arrancando a carranca brava que a navegadora estava.

— Você não, Yuki. Só esses homens irritantes! — a mulher olhou para os dois que estavam sentados com um olhar furioso.

— Sinto pena da Kaya. — Luffy se levantou da poltrona que estava sentado e começou a andar pelo local — Tudo isso aqui... Todo esse lugar... Faz a pessoa se sentir sozinha.

— Os ricos são diferentes de nós. — Nami falou mexendo no varal de roupas — Essas coisas não querem dizer que ela se sente sozinha, só a torna importante.

— Ô, o Usopp gosta dela e ela nos convidou para jantar... — Luffy levantou do sofá em um pulo rodando a sala de roupas — E eu vou dar um jeito de descolar aquele navio.

— Ricos não ficam ricos doando coisas para todo mundo. — a ruiva começou um pequeno debate.

— Quer apostar?

— Quais os termos? — Teimou sobre o capitão, quando viu que poderia ganhar algo e troca, nem que fosse status.

— Aposto que convenço a Kaya a dar o navio para a gente!

— Se não rolar...

— A gente segue seu plano. — cito o último termo da aposta estendendo a mão — Roubar um e fugir.

— Fechado!

— Toma, Zoro! — Akira jogou uma peça de roupa para o garoto que ainda estava sentado — Acho que combina com você...

— Veste isso! — o garoto entregou a ela um vestido preto com alguns detalhes em renda.

— Quando foi que você achou isso? — perguntou já que não percebeu o garoto levantando para procurar algo.

— Só veste logo, mulher!

A mulher parou diante do espelho, em um pedaço da sala que não era possível enxergar. Seu olhar, um misto de expectativa e curiosidade, encontrou, pendurado delicadamente em um cabide de cetim, o vestido preto perfeito.

O preto profundo destacava a pele pálida de seu rosto, enquanto o corte impecável do vestido abraçava suas curvas com graça e sofisticação. O adornado com renda delicada revelou apenas o suficiente para deixar o decote sensual, enquanto a saia caiu em pregas suaves.

Então, com uma expressão decidida, despiu-se de suas roupas antigas e deslizou o vestido preto sobre seu corpo. A peça se moldou a ela como se tivesse sido feita sob medida, envolvendo-a em um abraço de luxo e confiança.

Ao ajustar o vestido, ela se inspira no espelho, seus olhos se iluminam com a descoberta da própria beleza. Os cabelos, tão claros quanto à neve, caíam em ondas suaves sobre suas costas, contrastando com a escuridão do vestido. Seus lábios, vermelho-sangue como as rosas mais profundas, curvaram-se em um sorriso satisfeito.

— Pelo menos ele tem bom gosto...

— Pelo menos ele tem bom gosto

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Pelo Mar - Roronoa ZoroOnde histórias criam vida. Descubra agora