9.

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Andressa Celant Ponto de Vista:


Cá estou eu sentada no chão ao lado de uma van preta chorando sozinha no meio de um vazio e confusão mental.

Não consigo processar as coisas ainda, só parece que tudo que acreditei até hoje foi tudo uma confusão, não sei.

— Dessa... - ouvi a voz de Emilly, o que me fez chorar mais ainda.  — Você não tem culpa de nada tá?

Meu soluço era alto.

— Você não tem culpa porque você só buscou o melhor pra si! - ela continuava a falar. — O que você fez naquele tempo foi mais que certo! Você se afastou quando recebeu a notícia, todos fariam isso.

— Mas...

— Quem iria acreditar em macho algum? - ela não deu ouvidos e continuou. — Talvez algumas até acredite mas você fez o certo! Não existe nenhum "Mas".

— Eu joguei tudo fora...

Ela me abraçou forte fazendo um carinho no meu antebraço.

— Eu não consigo entender.

— Entender o que anjo? - ela perguntou olhando nos meus olhos.

— Não consigo entender o que aconteceu, não consigo entender o que eu tô pensando agora. - falei toda confusa acho que ela nem entendeu.

— Vamos pedir um uber, melhor irmos embora.

A loira puxou o celular da bolsa e colocou sua senha mas eu peguei na sua mão.

— Não! Pode ficar Emy. - falei secando minhas lágrimas. — Você deve ficar, eu posso ir sozinha.

— O que? De jeito nenhum.

Ela digitou alguma coisa e desligou o celular, eu sabia que a garota era insistente então a deixei decidir.

Com alguns segundos vi Thiago vindo em nossa direção, nós já estávamos em pé, as minhas lágrimas não paravam de cair mas eu estava em completo silêncio.

— Já pedi o uber de vocês. — foi a primeira coisa que ele falou. — Deve ser aquele.

Um carro vermelho chegava onde estávamos e Emilly saiu andando até o mesmo e me esperando lá.

— Dessa... - meu amigo segurou meu braço antes que eu pudesse sair. — Eu sinto muito, juro que eu soubesse tinha te contado imediatamente!

— Tudo bem.

— Eu sei que deve estar uma confusão na sua mente, mas eu tô aqui sempre viu? - ele me abraçou. — Te amo maninha.

— Obrigado Thi.

— Ei, - ele me parou novamente. — Ele te ama.

Foram essas palavras que rodaram na minha cabeça pelo resto da noite, quando chegamos no hotel, Emilly me ajudou a tirar a maquiagem e eu fui tomar banho.

MINHA.   |  Ghard. Onde histórias criam vida. Descubra agora