Andressa Celant Ponto De Vista;
*Aviso de gatilhos. (assédio e etc.)* ⚠️
Eu andava tranquila dentre da casa depois de tomar um banho demorado pra tirar todas as impurezas. Olhava atentamente meu celular que passava vídeos viciantes do tiktok.
— Oi? - ouvi uma voz masculina e me virei em direção.
— Oi. - respondi confusa analisando, eu não conheço esse ser.
— O Ghard tá aqui? Gustavo. - ele perguntou e eu assenti com a cabeça.
— Tá sim, irei chamá-lo. — falei me virando pra andar.
— Não, espera. - ele segurou no meu braço apertando.
— O que? - perguntei tentando soltar.
— Você pode ficar aqui um pouquinho, sem fazer barulho. — o aperto ficou mais forte e agora ele me puxava pra ele.
— Me larga! - falei um pouco alto e ele tampou minha boca com a mão apertando forte.
Ele colocou uma fita na minha boca me fazendo arregalar os olhos, porra, não tem ninguém nessa casa?
— Porra, onde eles arrumaram uma igual você? — o sorriso dele era terrível me fazia sentir calafrios. — Gostosinha...
Ele passou a mão que não me segurava nos meus peitos sensíveis me fazendo fechar os olhos sentindo as lágrimas chegarem.
— Será que eu fudesse você bem aqui eles iriam ouvir? -
Eu podia sentir à vontade enorme de vomitar tudo que eu havia consumido na minha vida toda.
— Você é uma puta. - ele apertou minha bunda trazendo a mão mais pra frente me fazendo me mexer. — Fica quietinha tá?
Sua mão encostou minha intimidade me fazendo tentar gritar mas falhando pós nenhum tipo de voz saia da minha boca.
Eu estava em estado de choque.
— Promete ficar quietinha?
Sua mão entrou em meu short me fazendo chorar mais ainda, porque ninguém desce essa porra de escada?!
Quando ele tocou minhas partes ouvi passos descendo a escada fazendo o mesmo se assustar e retirar a mão e a fita da minha boca rapidamente.
Os passos foram parados significando que a pessoa desistiu de descer.
— GUSTAVO!!
Foi o primeiro nome que lembrei no momento que consegui gritar, o homem se assustou percebendo o que tinha feito e me soltando.
Agora vários passos foram ouvidos descendo a escada e eu corri me afastando dele.
— O que porra é isso? - Emilly falou me vendo em prantos. — O QUE VOCE FEZ COM ELA?
Ela gritou apontando pro homem, eu estava me sentindo tão suja, ainda conseguia sentir os toques da mão dele em mim.
— Matteus que porra é essa cara? - Thiago perguntou com uma voz seria.
— Essa garota começou a chorar do nada quando me viu. - a voz sebosa dele soava como inocente.
Emilly me abraçou de lado.
— O que ele fez? - perguntou baixinho e eu respondi no mesmo tom. — VOCÊ ASSEDIOU ELA? SEU ESCROTO!
— NEM FUDENDO QUE TU ENCOSTOU NA MINHA MULHER.
Gustavo falou andando rápido até o sujeito e pegando ele pelo pescoço, minha visão estava borrada com tantas lágrimas.
— Vem Dessa, vamos subir pro quarto. - Emilly me puxou.
— Os meninos cuidam dele. — Dib também estava ali ajudando a chegar no quarto.
Eu vomitei umas 3 vezes antes delas me colocarem na cama e ficarem lá comigo até eu parar de chorar, não dava pra ouvir nada que acontecia lá em baixo com o volume da tv.
Elas colocaram Moana pra gente assistir, Emilly sabe que eu amo esse filme, então foi a primeira ideia que ela teve.
Depois de algumas horas eu dormi pois meus olhos estavam pesados de tantas lágrimas que eu havia derrubado.
Acordei de madrugada após sonhar com aquele homem fazendo coisa pior comigo, corri pro banheiro vomitando.
Durante isso senti alguém segurando meu cabelo e fazendo um carinho nas minhas costas, eu recuei de primeira mas depois relaxei.
— Tudo bem amor, sou eu. - a voz de Gustavo me confortava.
Ele deu descarga enquanto eu escovava os dentes, ainda caia algumas lágrimas porém eram poucas.
Quando voltamos pra cama eu me deitei porém estranhei que o garoto nem se quer encostou em mim, apenas ficou sentado observando.
— Eu sinto muito Andressa, eu não ouvi ele chegando. - ele disse tampando o rosto com as mãos. — Juro que se eu soubesse nunca tinha deixado ele encostar as mãos em você.
— Não foi sua culpa. - falei sentindo as lágrimas voltarem, que saco! Estou chorando muito hoje.
Engatinhei até ele abraçando o mesmo pelo pescoço, ele não retribui, talvez esteja achando que eu sinto medo dele.
— Eu não tenho medo de você, amor.
Senti as mãos deles me puxarem pro seu colo enquanto me faziam carinho nas costas, minhas lágrimas molhavam seus ombros.
— Eu sinto muito. - ele falou mais uma vez e eu apertei ele.
— O que aconteceu? Com ele... - perguntei com o rosto deitado em seu ombro.
— Ele tá preso. - senti um pouco de alívio. — Ele nunca vai encostar em você de novo, ninguém vai.
Não respondi nada apenas fechei meus olhos aproveitando seu carinho, que me deixava confortável e com sentimento de segurança.
Alguns minutos senti o mesmo me colocando na cama e me cobrindo, deixando um beijo na minha cabeça ele se preparou pra sair porém eu segurei ele pelo braço.
— Fica.
Falei apertando seu dedo mindinho e senti o mesmo dando a volta na cama e se deitando ao meu lado.
Eu me encolhi perto dele e fechei os olhos sentindo o sono chegar, ele passou o braço em torno de mim e me puxou pro seu peitoral.
— Boa noite anjo.