Andressa Celant Ponto de Vista:
Já faz alguns minutos e eu não conseguia dormir, o homem do meu lado estava relaxado indicando que já estava dormindo.
Eu tentava não me mexer mas era inevitável, eu tentava achar uma posição pra conseguir finalmente dormir.
No entanto, nenhuma me agrada.
Parei de me mexer quando meu corpo foi puxado colando meu corpo e o de Gustavo. Ele suspirou no meu pescoço fazendo meus pelinhos se arrepiarem.
— Para quieta, Andressa...
Ele disse a com a voz rouca no meu ouvido.
— Não consigo. - respondi abraçando seu braço que estava em torno de mim.
— Porque não anjo?
Ele perguntou mas eu não respondi, ficou um silêncio em torno do quarto que estávamos porém ele já sabia qual era o porque.
— Ainda te pensando na Alice né? - ele perguntou e eu murmurei um "sim". — Quer ligar do meu celular?
— Quero. - ele tirou os braços de cima de mim e eu senti um pequeno vazio, e logo me entregou o celular.
Eu disquei o número do meu pai e ainda estava lá salvo, ligar pra ele de madrugada por causa de um pesadelo, mas conhecendo meu pai, ele irá entender.
Logo o mesmo atendeu.
— Gustavo? Que foi filho, uma hora dessas... - a sua voz era de quem tinha acabado de acordar.
— Pai. - ele respondeu perguntando se estava tudo bem. — Sim, tudo bem. A Alice ta bem?
Só de pensar naquele pesadelo, meus olhos enchiam de lágrimas, senti a mão de Gustavo nas minhas costas fazendo um carinho na região.
— Sim, claro, ela está ótima. - ele respondeu confuso. — Com saudade de você, fala toda hora em você. Porque a pergunta?
— Eu tive um pesadelo, só isso. - sequei minhas lágrimas. — Da um beijinho nela por mim, por favor.
— Claro, filha. - seu tom de voz era compreensivo. — Vai dormir, tá tudo bem! Boa noite, amo você.
— Boa noite pai, também amo você.
Desliguei logo em seguida suspirando aliviada, o terror que passava no meu coração já estava se aliviando, está tudo bem com ela.
— Obrigado, Gustavo. - falei devolvendo o celular dele na estante e ficando de joelhos na cama pra chegar no meu lado.
— É um prazer te ajudar, linda. - ele respondeu se deitando novamente. — Bem que você podia me dar um beijinho de agradecimento né?!
— Engraçadinho! - me deitei ficando de frente pro mesmo que sorriu, os olhos deles brilhavam.
— Você é tão linda. - depois de uns minutos em silêncio, ele falou.