Capítulo 1

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ATENÇÃO!!! A HISTÓRIA JÁ ESTÁ COMPLETA MAS SERÁ PUBLICADO UM CAPÍTULO POR DIA.

ESPERO QUE GOSTEM.


"O Passado é história, o futuro um mistério e o presente uma dádiva".

Capítulo 1

Era uma noite clareada pela lua cheia que iluminava os caminhos do bosque. De repente, surge do meio das árvores um indivíduo desesperado, que corre como se estivesse sendo perseguido. Não é possível identificar quem ou o quê o persegue. No fim do caminho, em uma clareira está um chalé muito familiar. Era a casa da Patrícia. A pessoa que fugia às pressas, entra na cabana e fecha a porta rapidamente, e eis que era de fato Patrícia. Ela segura a porta com o corpo pressionado, sente que tentam abrir, mas ela empurra de volta, fecha os olhos e então vira-se para a frente. O interior não parecia o chalé. Era o quarto de hotel onde fora assassinada. Patrícia entra em estado de aflição e confusão. Voltam a bater na porta quase a derrubá-la. Ela então corre para o banheiro e tranca-se. Que estranho... pararam de forçar a porta. Quando ela vira para o espelho, afinal era Maria, a nossa heroína. Tinha o colo sujo de sangue. O líquido vermelho escorria do antebraço até a mão esquerda onde segura uma pistola. Maria entra em pânico e ao sair do banheiro depara-se com aquela imagem macabra. Patrícia estirada no chão frio, sangrando no peito, estava morta e Maria tinha o seu sangue nas mãos, então ela volta a fechar os olhos, pressionando-os e ao abri-los, solta um suspiro ofegante. Ela acabara de despertar de um pesadelo.

Maria olha para a sua direita e vê uma cadeira de madeira e estofamento verde-musgo. Nela estava pousada um conjunto preto de blazer e saia. Maria senta-se na cama e observa a roupa na cadeira. O luto assolava a mansão San Roman novamente. Ela deixa escapar um suspiro enquanto abaixa o semblante. O tempo lá fora não estava dos melhores. O céu cinzento ameaçava chuva, isso era mais um complemento dos ânimos. Ela então levanta-se e vai se preparar. Entre o banho e a vestimenta, ela não esboçava mais que um olhar vazio e enquanto se olhava no espelho comprido junto ao janelão do quarto, ela observava o seu próprio reflexo como quem se questionava cruelmente, ela deixa escapar outro suspiro. Aquelas grossas sobrancelhas começavam a franzir e os olhos lacrimejavam, ela levanta a cabeça para evitar chorar, respira fundo e fecha os olhos. De repente sente algo tocar-lhe o ombro e abre os olhos, era Estevão. Ele desliza os dedos até a sua mão e dá-lhe um beijo, depois aperta os lábios num sorriso amarelo que se desfaz rapidamente. Ele dá-lhe o braço e ambos atravessam a porta de madeira dupla.

Estamos num cemitério. Há cinco guarda-chuvas pretos e sete pessoas em pé. A chuva cai fraca sobre eles. Estevão a tem abraçada. Lá também estavam Fabíola junto de Bruno e ao lado deles, Daniela. Em seguida podemos ver Estrella e Heitor ao lado dos pais. Eles atiram umas rosas no caixão e saem um a um sendo Maria a última deles que fica olhando a foto do padre Belisário enquanto o caixão desce para a cova. Era o seu melhor amigo e partira de repente. Ela deixa escorrer uma única lágrima que enxuga rapidamente e então atira a última rosa e sai de mãos dadas com Estevão. Ele põe o braço sobre os seus ombros para aproximá-la mais de si.

Em seguida vão todos de volta à mansão. Estão sentados na mesa comprida com pratos servidos. Maria na cabeceira, tinha os ombros encolhidos, estava distraída nos próprios pensamentos. Podia ouvir os talheres batendo nos pratos e os goles de água e vinho, pois o silêncio era ensurdecedor.

Daniela: Então... Estrella, como é Londres?

Estrella: Fria.

Daniela: Os meninos estão se adaptando bem? Soube que vão entrar para a faculdade em breve. É isso mesmo?

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