Capítulo 10

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       No dia seguinte Amanda continuou seu passeio por Roma e a tarde embarcou para Nápoles. Ela estava ansiosa para conhecer Nápoles, esperava vivenciar a caótica e linda Nápoles, como tinha lido nos livros de Elana Ferrante, e foi isso que aconteceu.
Ela desceu na estação Napoli Centrale, e realmente vivenciou o caos italiano, pediu um táxi para o hotel, o taxista baixinho parrudo parou o carro,  a Amanda colocou a mala de mão atrás e foi colocar a mala maior no porta malas e simplesmente o taxista partiu deixando ela para trás, que ficou parada olhando.
Quando o taxista percebeu, uma quadra depois voltou buscar ela, que se encontrava parada no msm lugar. No meio do trajeto, as ruas estreitas e o trânsito igualmente um caos, o taxista tirava o rosto pra fora gritando xingamento e gesticulando, enquanto Amanda olhava com medo de que ele batesse o carro. Mas chegou sã em salva em seu hotel no fim da tarde.
Foi estranho a sensação de entrar no quarto e não ter nenhuma carta ou surpresa do Tiago. Ao mesmo tempo que parecia um vazio ela também se livre para viver,  triste e feliz, fato é que Amanda não sabia explicar esse misto de sensações, mas se encontrava em paz pela primeira vez desde da tragédia.

Antônio

Depois de passar o final de semana grudado na Antonella. Segunda Antônio estava arrumando suas coisas para a viagem a trabalho para Nápoles, e Antonella só vigiando ele, de repente ela fala: - Papi vocês plecisa realmente ir com o tio João?
Antônio que já tinha conversado com ela praticamente todos os dias, disse: - Meu amor eu preciso sim, mas eu volto rápido, quando você menos esperar eu estou chegando, cada dia que passar você vai colocar um adesivo nesse calendário. Além do mais, você ficará com a vovó e essa semana tem fotos para seu aniversário lembra?
Antônio tinha montando um calendário colorido e arrumou umas fadinhas para ela colocar enquanto ele tivesse viajando junto com a vovó e junto teria uma pequena surpresa a cada dia, assim ela contaria os dias até eles se encontrarem, como a terapeuta e a professora Nicole sugeriram a ele.
Antonella pensa um pouquinho e responde: Lemblo sim, vou usar o vestido blanco que paleci de fada. Então eu deixo você viajar mas não demola, e eu plometo dormi a noite toda. Antônio dá um beijo na testa de sua filha, termina de arrumar a mala e fica esperando o João passar pegar ele para irem ao aeroporto.
Chegaram a Nápoles na segunda à noite, jantaram e foram para o hotel. Amanhã passariam o dia todo trabalhando em reunião para discutir o projeto de renovação do hotel, eles já tinham como certo que essa rede iria contrata-los e na quarta eles teriam um tempo livre e fariam um tour guiado pela cidade subterrânea a convite da rede de hotel.
Depois do dia exaustivo entre reuniões e acertos do projeto, finalmente Antônio e João Vicente chegaram ao hotel para tomar um banho e sair jantar comemorar, pois eles conseguiram esse trabalho. Quando começasse as obras João passaria mais tempo em Nápoles do que em Porto para coordenar e fiscalizar o projeto, e tudo que tivesse de mudanças e imprevisto seriam resolvidos por vídeos chamadas com Antônio, as vezes ele veria para Nápoles, mas ele tinha deixado claro que ele só desenhava e fazia as mudanças de acordo com o que queriam e o restante era Ana ou João que resolviam. Ana no finalmente também viria para Nápoles, pois ela será responsável por todo o design de interior e decoração do hotel, e tinha participado a tarde de uma vídeo conferência com eles.
As 20 da noite, os dois saíram do hotel rumo em direção ao Trattoria da Nennella, eles tinham uma reserva nesse restaurante, que fica localizado em num canto sossegado de Nápoles, e é uma jóia pois tem chefe cantores e empregados de mesa dançantes que animam o lugar, além de massas deliciosas, e está sempre cheio tanto de turistas quanto de locais.
Chegaram lá um pouco antes do horário da reserva e ficaram lá fora esperando, junto a várias pessoas que estavam na fila de espera para entrar.

Amanda/Antônio

Amanda depois de deixar as coisas no hotel e tomar um banho, saiu caminhar pelas ruas de Nápoles, viu o por do sol, caminhou por algumas vielas famosas, outras nem tanto e até que deu fome e resolveu procurar um lugar para jantar. Jogou no celular restaurantes próximos de onde ela estava, e apareceu Trattoria da Nennella, então caminhou até lá.
Ao chegar ao local viu que tinha uma fila, e o lugar parecia aconchegante e animado, então ela resolveu ficar por ali, só foi até a entrada para pegar informação se teria que ficar na fila ou se poderia entrar já que estava sozinha, mas foi informada que teria que esperar ela respondeu Grazie e seguiu rumo em direção a fila.
Subindo em direção a fim da fila prestando atenção no céu não viu rapaz que estava esperando na fila e acabou que ela trombou com ele e quase caiu. Ela ficou vermelha na hora e pediu desculpas: - Scusa!
O rapaz, segurou ela para não cair sorriu e disse: - Sem problemas, uma moça bela como você precisa prestar atenção por onde anda. Aliás prazer eu sou João e esse é meu amigo Antônio.
Amanda sorri sem graça e diz: - Obrigada, eu estava admirando a rua e nem reparei na minha frente, prazer eu sou Alice.
Antônio diz: - Nápoles é encantadora mesmo, tenho que concordar.
João pergunta: - Alice, pelo seu sotaque, você não é daqui né?
Amanda responde: - Não, sou apenas uma turista brasileira fazenda uma tour na Europa.
Antônio fala: - Que bacana, mas você não tem medo de viajar sozinha? - Sim, Antônio ficou encucado com isso e João chutou ele sem Amanda perceber.
Amanda fala: - Então não vou dizer que não tive medo no começo e as vezes ainda tenho, mas essa viagem sozinha esta sendo muito importante para descobrir coisas sobre mim msm que nem sabia, e também para sair fora da caixinha e me aventurar por aí.
Antônio fica impressionado e em silêncio com a resposta dela, sem compreender o motivo. Aliás, desde que ele viu ela quase caindo e seu amigo segurando ele ficou com uma sensação que não sabia explicar.
João percebendo que Antônio ficou sem saber o que falar, diz: - Bacana, viajar sozinho é muito bom (detalhe não dito, nenhum dos dois fez uma viagem sozinho, mas João era bom em pensar rápido), e aí vai encarar essa fila aí? Não tá afim de se juntar a gente, temos uma reserva só chegamos antes do horário, e acho que mas alguém na mesa não será o problema.
Amanda olha a fila, pensa um pouco: Mas eu não irei atrapalhar vocês?
João responde: Claro que não, a gente veio jantar... E ele é interrompido pela moça do restaurante chamado eles.
Os dois vão em direção a mulher e chamam a Amanda para vir junto e ela vai. A moça só olha e diz a mesa reservada é para 4 pessoas, daí Antônio responde: - Sim mas somos somente 3.
Ela olha para a tela e olha para eles novamente, e encaminha para uma mesa. A verdade era que a reserva era somente para os dois, mas como a moça não disse nada eles também aproveitaram.
Sentaram na mesa, João escolheu um vinho, perguntou se a Amanda bebia, e ela confirmou que sim, escolheram os pedidos, e Antônio explicou para ela que esse restaurante é famoso por conta das encenações dos garçons e cozinheiros felizes dançando e cantando.
Eles contaram a Amanda que o jantar de hoje estavam comemorando o novo projeto que eles fecharam com uma rede de hotéis, aqui na cidade.
Antônio contou alguns detalhes do projeto, falando que foi ele quem desenhou o interior do hotel ao mesmo tempo que moderno iria remeter a antiga estrutura do local, a fachada seria restaurada e algumas áreas do interior tbm, outras iriam mudar completamente.
Amanda ficou ouvindo admirada vendo os dois contarem desse projeto, da empresa deles e tudo mais. Estava feliz que não perguntaram o que a motivou fazer essa viagem, ela não queria contar e estragar o clima de felicidades deles com sua história, e não queria eles olhassem ela com uma cara de pena, porque ela não precisava mais disso. Ela já tinha entendido isso.
A horas foram passando, a comida estava uma delícia, Amanda estava compreendendo porque a culinária Italiana era uma das mais apreciadas do mundo. E a conversa fluía muito bem, os rapazes eram gente boa, e ela estava gostando da companhia deles e de conversar com estranhos.
Antônio perguntou o que a Amanda fazia da vida, e ela respondeu que era sócia de uma empresa de festas, não entrou muito em detalhes, só disse que organizava festas. Eles ficaram curiosos para saber mais, mas a Amanda perguntou mais sobre esse projeto deles, e eles voltaram a esse assunto, falando que eles nem lembravam mais quando foi que mandaram esse projeto, porque fazia alguns anos e foi uma surpresa enorme terem escolhido o projeto deles ainda mais por eles não morarem aqui.
A conversa foi tão boa, que eles esqueceram do tempo e quando viram já era quase 23 da noite e o restaurante estava fechando. Eles pagaram a conta, não deixaram ela pagar, e obviamente a Amanda reclamou: - Ah não, eu pago minha parte, foi um prazer conhecer vocês, mas não é justo vocês pagarem minha parte.
João disse: - Eu te chamei para jantar com a gente para comemorar algo nosso, não é justo você pagar. Antônio concordou com ele. Vendo que não conseguiriam convencer eles, Amanda somente agradeceu pelo convite e pela noite. E partiram os dois para um lado e Amanda para o outro, já que eles estavam em hotéis opostos.
Ao caminhar a noite, tanto Amanda quanto Antônio, estavam com uma sensação estranha, como se já se conhecessem mesmo nunca terem se visto, ao menos era o que eles achavam. 

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