08| impetuosidade de sentimentos

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  Sinto meu peito acelerado, quase como uma taquicardia

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Sinto meu peito acelerado, quase como uma taquicardia. Apesar de estar sentada, meu corpo reage como se tivesse saído de uma maratona.

Por um instante, sinto a consciência tomar meu corpo. Me afasto, lentamente, de seus lábios, como se de alguma forma eu pudesse pra sempre morar em sua boca, prolongando assim esse desejo carnal.

Desejo. Eu acabei de perceber que desejo isso. Aliás, isso o que? Eu sempre fui uma pessoa no controle da situação, porque isso é tão difícil? Por que é tão difícil com ela?

Eu não era assim. Eu não sou assim. Eu serei assim? Essa sou eu?

Sinto meu corpo inteiro gelar diante da confissão silenciosa do meu ser. Mas meu corpo inteiro esquenta, novamente, quando sinto o afagar das mãos de Leila por minha cintura e percebo seus olhos me olhando com carinho e um certo brilho. Não escondo minha alegria ao devolver a expressão.

Conquanto, escuto o meu celular soar alto pelo apartamento, mais uma vez minha consciência parece me arrancar dos braços de Leila.

Saio do seu colo só então reparando que usava uma botinha ortopédica, e se eu a tivesse machucado mais ainda? Como a gente ia explicar isso pro pai dela? mais um banho de realidade, a culpa me corrói.

Encaro a tela vibrante do celular na palma da minha mão.

"Papai"

Nunca pensei que, um dia, meu estômago embrulharia ao ver sua ligação. O que vou falar pra ele? Como vou explicar que saí sem sequer dar uma satisfação. Me sinto falhar como filha.

O aparelho desliga e agora sou bombardeada de mensagens, faço questão de visualizar imediatamente.

Papai

|Onde está?

|Estou indo te buscar Eliziane

|Você tem compromissos, haja como adulta uma vez na vida e pare de me decepcionar

Minha única reação é mandar minha localização em tempo real. Sou incapaz de dizer que estou na casa de Leila. Sou fraca. Me sinto assim.

- Eli, tá tudo bem? Que carinha é essa? - Leila me observa com ternura, percebendo meu semblante tenso.

- Ta tudo bem sim, eu não vou pode ficar muito Lê.

- Saí tão apressada de casa que sequer falei pra onde ia. - falo tentando disfarçar minha voz que por algum motivo está embargada.

Ela me olha como se capturasse no ar tudo que está preso em minha garganta e parece, mesmo sem saber, me compreender.

- Não se preocupe com nada, eu entendo. Mas você volta? - ela me olha com um brilho de esperança

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⏰ Última atualização: Oct 12, 2023 ⏰

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