Não se escolhe quem amar

533 37 60
                                    

MS tirou as mãos do rosto do outro, ambos viraram assustados. Se o olhar matasse, Helena teria trucidado os dois.

- Eh, é isso mesmo parceiro, m-meu amigão!- Mato Grosso do Sul pegou a mão de Minas com certa brutalidade, balançando-a.- Nós temos que ver isso mesmo! Né?!

- É- é sim.- o mineiro apenas concordou, mal tinha processado a atual situação que se encontram.

- Ôh Heleninha,- o Sulmatogrossense solta Minas e vai até a mulher que estava de braços cruzados e uma cara nada boa.- tá fazendo o que aqui, minha flor?- nervoso, deu um beijo na bochecha da mulher.

- Me disseram que você não tinha ido falar com o patrão, coisíssima nenhuma. E pelo visto é verdade!

- É que o Minas me chamou pra ajudar ele a resolver um negócio, sabe. Né não, Minas?

- É-é, é sim.- disse um pouco cabisbaixo, forçando um sorriso.

- Mato Grosso do Sul, Minas! Tá tudo bem aí?- Espírito Santo apareceu na varanda. Assim que viu a mulher, desceu as escadas e se aproximou.- Quem é ela?

MS ia responder, mas Helena tomou a sua frente, olhou a capixaba de cima a baixo, ambas tinham a mesma altura.

- Eu sou a NOIVA, dele.- falou dando ênfase, e apontando para o outro que estava atrás dela.- E você? Por acaso é alguma peguetezinha do Matinho, que o amigo dele tá ajudando vocês a se encontrarem?- a moça tinha um olhar cortante, em cima de ES.

- E-eu...- MS andou até a garota, ficando ao seu lado, pôs a mão em seu ombro.

- Capixaba, olha o que você vai falar...- O homem disse com certo medo na voz.- Essa mulher é uma onça.

O olhar de Helena se intensificou, com a ação. Espírito Santo ficava cada vez mais nervosa com a situação.

- Ele e o Minas estão sempre juntos num cantinho!- a garota disse de forma rápida, e saiu da mira dos olhos da mulher. Agora Helena quase queimava MS com o olhar.

- Você... Então aquela historinha de que vocês não estavam se falando e que eram só parceiros de trabalho era mentira! EU TE MATO!- A mulher partiu para cima do outro, que segurou seus braços.

- Gente, que gritaria é essa?!- São Paulo saiu da casa, junto de Rio de Janeiro.

- Carai, a baixinha tá comendo o Mato Grosso do Sul, de porrada!-

- Faz alguma coisa, praga!- SP disse. O carioca desceu as escadinhas rapidamente e puxou Helena pela cintura para tentar a segurar.

- Calma aí moça!- Rio dizia enquanto a mulher lhe dava cotoveladas.

- Me larga!- Helena gritou, e pisou forte no pé de RJ, que a soltou na hora.

- AÍ! FILHA DA- Abaixou pondo a mão no pé que foi pisado.

- Porra Rio, cê não serve nem pra separar briga!- São Paulo gritou da varanda.

- Vai se foder!- o carioca gritou também.

Minas foi até a moça, tentando a acalmar, e pôs uma das mãos em seu ombro.
- D-dona Heleninha, certo?- disse tentando soar o mais gentil possível. Helena virou, e o olhou na mesma intensidade que encarava Espírito Santo a alguns momentos atrás. Minas Gerais se calou na hora.

- Você, foi você não foi?! Guiou o Matinho pro mal caminho!- agora ela tentava ir para cima de Minas. Ele estende os braços para frente, mas MS a abraça por trás, agora prendendo seus braços.

- Helena, vamos embora! É melhor!- Ele sai com a mulher nos braços, ainda se debatendo.

Ao chegarem na caminhonete, o homem a largou. Entraram no carro, e a viagem inteira se resumiu a Helena brigando com o MS.
Chegando em casa, saíram do carro e a mulher se pôs na frente do noivo.

EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora