Almoço, conversa e convites

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- Sabe, se você tiver mais alguma informação relevante.- dizia Helena, pegou a xícara e tomou o restante do café.

- Infelizmente não tenho muita coisa. Só sei que os pombinhos estão sempre trabalhando ou andando juntos por aí.

- Bom, então acho que acabamos por aqui.- a mulher se levantou.

- Espera aí.- Arthur se levanta também.- Quem sabe a gente não se conhece melhor?- e tirou na frente da moça.

- Como eu já disse, não estou interessada. E eu odeio o seu tipo de pessoa, insistente. Então por favor, sai da minha frente.- Arthur levanta os braços em sinal de rendimento e sai do caminho. Helena pega a bolsa e entrou na padaria para pagar. Ao sair, o homem havia sumido.

Em casa, na cozinha, MS passava um café, a mesa já estava posta.

- Bom dia.- Mato Grosso disse entrando no cômodo.

- Bom dia.- o irmão responde, pondo a garrafa de café em cima da mesa. Ele pensava em como dar a notícia do fim do casamento para a irmã.

- Já tô sabendo. Ela saiu daqui, não foi?- Mato Grosso do Sul a olhou surpreso.

- Como é que você- foi cortado.

- Escutei a discussão ué! As paredes não tem isolamento acústico, e a voz de vocês é alta. Quando eu tava indo no banheiro, escutei.

- Hm, entendi. Então você já sabe também dá ameaça né.

- Sei, e eu acho uma completa idiotice. O que nossos primos e tios tem a ver com a sua vida?- MT se sentou.

- Cê sabe como nossa família é.

- Você tem que parar de se importar tanto com o que eles pensam.- MS não diz nada.- Eu posso tentar te ajudar com alguma coisa, mas você sabe, meu estado também não tá nas melhores épocas.

- Não! Você não vai tirar nada do seu bolso pra dar pra aquela mulher, não! Eu vou dar um jeito.

- Eu sou sua irmã, quero te ajudar. A gente sempre fez isso. Já te falei que você não precisa resolver tudo sozinho!

- Eu sei, mas nessa situação, deixa que eu resolvo. Não quero que você se envolva.

Ao terminarem o café da manhã, foram se arrumar, precisam ir até o Distrito Federal para uma reunião com Brasil e os outros estados. Ao chegarem, foram direto para a sala de reuniões, na porta estavam Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

- Opa! Matin, Matinha. Finalmente chegaram!- Minas cumprimentou.

- Opa!- os irmãos cumprimentaram de volta.

- Oi Goiás.- Mato Grosso do Sul disse olhando de canto para o outro, que parecia um pouco acuado.

- O-opa Matin. Tudo bem?- acenou, sorrindo nervoso.

- Oi, meu bem.- Mato Grosso se aproximou, deixando um beijinho na bochecha do goiano.

- Sabia que cês tavam nesse nível de intimidade, não.- o Sul-mato-grossense disse, olhando sério para os dois.

- Matin, cê pode vir aqui comigo?- o mineiro pega o pulso de Mato Grosso do Sul o guiando para dentro da sala de reuniões.

- Que foi Minas?-olhou para ele, emburrado.

- Parecia que cê tava quase matando o Goiás com o olhar. Achei melhor te tirar de lá uai.

- Cê sabe que aquele lá, da em cima de todo mundo. Não confio nele.

- Ah, mas ele parece gostar de verdade da Matinha. Não vai fazer nada pra magoar ela.

- Ele que faça pra ver!- MS fala pondo as mãos no cinto.

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