Show

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- Minas, bom dia!- uma voz feminina respondeu do outro lado. Era Mato Grosso.- Meu irmão saiu e esqueceu o celular. Tô levando pra ele agora.

- Ah, oi Matinha! Bom dia.

- Segura aí um pouco que já passo pra ele!

- Tá bom!- não demorou para que a voz de Mato Grosso do Sul fosse ouvida.

- Minas?- falou.

- Opa Matin! Bom dia!- disse empolgado.
- Bom dia! Ligando cedo assim, aconteceu alguma coisa?

- Não, não. É que hoje é o show lá no Estado do Goiás. Queria saber se...cê quer ir comigo?- mordeu a ponta do polegar, esperando a resposta, um pouco nervoso.

- Ih Minas, sei não. Tô meio ocupado, e também... Não sei se tô muito no clima de festão, não.- O mineiro murchou um pouco, mas não desistiria tão fácil.- Aí, diacho!- ouviu ao longe, o outro.

- Minas, ele vai sim! Tá só de palhaçada.- Mato Grosso diz.- A gente se encontra lá!

- Haha, tá bom então, Matinha.- a ligação foi desligada, Minas estava mais animado ainda. Por mais que não fosse bem um encontro, queria que fosse algo legal. E agora que sabia que ele não estava mais noivo, seria mais legal ainda. Afinal, tinha um bom tempo que não saíam juntos.

Na casa dos Mato Grosso, eles discutiam.

- Já te falei pra não fazer isso! Odeio quanto cê responde por mim!

- Aí irmão, claro que eu respondi por você. O Minas liga todo animado orante chamar pra ir com ele, e você fica falando que não sabe se vai.

- Eu tô cansado, tenho que terminar de resolver umas coisas. Fora aquele problema lá.

- Por isso mesmo que você tem que ir, irmão. Esfriar essa cabeça. Distrair um pouco! Esquecer, nem que seja um pouco, esse problema chamado Helena.

- Já vou avisando que não prometo nada.

- Sei.- a Mato Grosso sabia que o irmão não iria recusar o convite de Minas.

O dia passou dolorosamente devagar para o mineiro. A ansiedade o consumia. Mas assim que a noite foi caindo, ele foi correndo se arrumar. Tomou um banho. Pôs blusa vermelha quadriculada, de manga comprida. Parecida com a que costuma usar, mas com a cor mais um pouco mais vibrante. Uma calça jeans preta, rasgada nos joelhos e botas marrons de cano curto. Passou um perfume de cheiro suave, e pegou chapéu que costuma usar.

Mato Grosso acabava de se arrumar, ia sair mais cedo para ajudar Goiás com os últimos preparativos. Ela vestia uma camiseta preta colada, que deixava a barriga a mostra. Uma blusa quadriculada branca, aberta. Calça jeans, botas de cano longo. Na cabeça seu característico chapéu. No pescoço, um colar simples de prata, dado pelo namorado.
Mato Grosso do Sul saiu do banho e foi se aprontar, por insistência da irmã, decidiu usar uma roupa diferente da de costume. Pegou uma camisa social preta, dada de aniversário por SP. Uma calça também de cor mais escura, as botas que usava cotidianamente e o chapéu. Enquanto terminava de se arrumar, Mato Grosso apareceu na porta.

- Já tô indo irmão!

- Tá!- respondeu enquanto fechava a camisa. Não era bem seu estilo, mas até que não tinha ficado tão ruim.

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