Han Jisung era um de seus irmãos mais novos e recentemente completou quatro anos de idade. O garoto foi adotado com apenas oito meses de vida e a forma como tudo aconteceu foi meio inusitada. Jéssica Bang, mais conhecida como mamãe, havia se separado há uns bons anos e por muito tempo foi só ela e Christopher. Quando conheceu e se casou com o atual marido Lee Dongwook, decidiram ter um bebê, mas por algum motivo aquilo não estava dando certo, então optaram pela adoção.
Todo o processo demorou um bom tempo, mas assim que foram julgados como aptos a serem pais adotivos, Han apareceu e foi amor à primeira vista, a família só não esperava que Jessica já estivesse grávida de quatro meses de Félix e no fim acabaram com dois bebês.
Jisung sempre foi muito esperto e hiperativo, começou a falar aos nove meses e nunca mais parou, mas muitas vezes era bem tímido e sentia tanta vergonha que ficava quietinho só escutando a conversa alheia, e é aí que mora o perigo.
Naquele sábado a tarde estava muito chuvoso, as crianças estavam um pouco irritadas, queriam brincar no parquinho, porém não tinha a menor condição disso acontecer com o temporal que caía lá fora. Chan tentava de todas as formas destruí-los, mas nada parecia o suficiente.
- Vamos brincar de fazer pintura? - perguntou tentando animar os pequenos.
- Eu quero! - Hyunjin gritou correndo pra pegar os lápis e os outros acabaram concordando também.
Chan cobriu o chão da sala com o tapete plástico e trouxe papel, tinta guache, lápis de cor e giz de cera. As crianças foram sentar lá e não demorou muito para estarem rindo alto enquanto desenhavam juntos.
- Me dá o roxo - Minho pediu. Ele e Changbin desenhavam na mesma folha. Era algo com gatos, robôs gigantes e um rosto estranho que o Lee jurava que era um amigo da escola.
Hyunjin preferia desenhar sozinho, essa era a melhor forma de deixar ele quieto, pois o pequeno realmente se dedicava à arte e adorava fazer flores. Jeongin talvez tenha se empolgado um pouco na pintura a dedo e estava todo sujo de tinta, até o rosto, ele e Seungmin faziam a maior bagunça carimbando partes do corpo na folha. Jisung e Félix desenhavam personagens de um joguinho que eles gostavam.
- Qual é esse? - o Han perguntou ao irmão mais novo.
- É o Tom Nook na lojinha, oh ji -- apontou. - Tá bonito?
- Muito bonito Lix. Eu acho que vou polocar tinta azul aqui pra fazer o céu. - avisou enquanto abria o pote de tinta guache, mas acabou colocando muita força e derrubou a tinta em cima da folha toda - Puta que paliiu!!
Félix riu e no momento em que pensou em repetir a palavra, se deu conta do que era e o encarou completamente chocado e com os olhos arregalados - NÃO PODE PAAVÃO!
- pur que? Eu tô muito bavo.
- É coisa feia fala paavão! CHANNIEEEE!
- Oi? - o mais velho apareceu ali com mais folhas - O que aconteceu?
- O ji falou coisa feia !
- O que você falou?
- Puta que pariu - Minho repetiu e Chan fechou a cara irritado.
- Minho, você tá ensinando palavra feia pro jisung?
- Eu não !
- Foi você que ensinou, Channie - jisung respondeu rapidamente.
- Eu? Quando eu te ensinei isso?
- Quando o seu amigo tavu aqui e eu e o lix tavu jogando jogueine aí você falo puta que paliu bambam
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A creche do channie
FanfictionBang Chan era um jovem universitário que precisava de dinheiro para bancar as próprias despesas. Como filho mais velho, já estava acostumado a cuidar de crianças, mas não sabia que era tão difícil cuidar de sete.