A creche do channie

Minho, o estranho

Bang Chan estava preparando a décima mamadeira do dia, e detalhe, ainda era nove da manhã. Os pequenos chegaram cedo hoje e pareciam estar morrendo de fome.

Depois que entrou na faculdade de música, o jovem de dezenove anos teve que se mudar para a cidade vizinha, onde começou a morar sozinho. Era um sonho realizando, estudava em tempo integral e estava sempre muito ocupado fazendo trabalhos e se preparando para provas. a rotina era bem cheia e cansativa mas ele não se importava, pelo menos estava estudando o que realmente gostava.

A única coisa ruim em tudo isso é que precisava de dinheiro e não tinha tempo para um trabalho convencional, sobrevivia fazendo um bico aqui, outro ali,cantando em algum barzinho de noite mas sempre acabava faltando dinheiro e foi aí que ele começou a cuidar dos irmãos aos finais de semana.

Era o mais velho entre os três, então sempre cuidou deles, já estava mais que acostumado.

Os pais trabalhavam e teriam que pagar alguém para ficar com os pequenos, então juntou o útil ao agradável, cuidando deles e seus pais lhe dava algum dinheiro em troca, o bom é que poderia aproveitar seus irmão, sentia muita saudade de estar com eles.

Não era nenhum sacrifício, adorava ficar com os menores e costumava levá-los ao parquinho perto de sua casa para que pudessem socializar com outras crianças, sabia que isso era importante para o desenvolvimento deles.

Com o tempo, os pequenos foram fazendo cada vez mais amigos e queriam estar sempre juntos então alguns pais vendo que o Bang realmente levava jeito com crianças e também querendo ajudar o jovem,acabaram contratando ele também.

Agora cuidava de sete crianças, todas moravam próximo a sua casa e usava o dinheiro para pagar as contas da faculdade e seus instrumentos.

As crianças eram até que bem tranquilas, o mais velho entre eles tinha cinco anos, não podia falar que era fácil de controlá-los mas dava o seu melhor para entretê-los e todo fim de semana tinha uma história diferente para contar, crianças eram pequenas caixinhas de surpresa, toda hora com uma pergunta estranha, uma descoberta que julgavam incrível ou só uma risada escandalosa que aquecia o coração do Bang.

Cada um dos sete projetinhos de gente era único, com personalidades e gostos diferente mas aos poucos ele ia conhecendo melhor cada uma delas e a convivência se tornava mais fácil e divertida.

O mais velho era Lee Minho, tinha cinco anos de idade e na maior parte do tempo era bem sério, Bang Chan o achava estranho, ele parecia estar sempre julgando todo mundo, mas seu irmão adorava brincar com ele mesmo passando a maior parte do tempro gritando de desespero. Talvez a culpa não fosse totalmente de jisung, Minho era realmente uma criança bem estranha, do tipo que ouvia Creepypasta e sabia mais fatos sobre necrópsia que uma pessoa normal deveria saber, detalhe, ele tinha apenas cinco anos e o Bang não sabia como ele tinha acesso a esse tipo de conteúdo.

Sem contar a fixação por gatos e o fato de se comportar como um, vez ou outra ele oferecia algum bicho morto de presente para jisung que acabava gritando e saia correndo assustado mas nunca deixava de pedir para ir brincar com o garoto.

Isso acabava estressando um pouco, toda vez era a mesma coisa, jisung chegava em sua casa e ficava inquieto pedindo para brincar com Minho, quando o garoto chegava faziam festa e depois de alguns minutos jisung voltava gritando e chorando e era exatamente isso que estava acontecendo no momento

Bang Chan revirava os olhos pela vigésima vez ao ouvir mais um grito desesperado de jisung, ele não sabia exatamente o que estava acontecendo mas já se preparava para apaziguar a situação novamente.

Andou entre os pequenos distribuindo mamadeiras enquanto jisung estava agarrado a sua perna como se fosse um filhote de coala.

- O que aconteceu, jico ? Por que está chorando?